Menu
segunda, 15 de dezembro de 2025
Regulariza Corumbá - Dezembro
Andorinha - WhatsApp
Polícia

Especialistas apontam que prisão de Tuta não afetará negócios do PCC

Criminoso já não era o número um da organização

19 maio 2025 - 09h49Gesiane S. Lourenço

De acordo com especialistas no crime organizado, ouvidos pelo UOL, a prisão de Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, não irá interferir em nada o funcionamento da considerada maior organização criminosa do país. Tuta é apontado como o sucessor de Marcola, e líder do PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele foi preso na última sexta-feira, 16, em Santa Cruz de la Sierra, capital da Bolívia, após apresentar identidade falsa quando tentava renovar o documento estrangeiro.

Capturado, Tuta foi entregue à polícia do Brasil na manhã deste domingo, 18, e no mesmo dia foi enviado para o presídio de Brasília, onde Marcola também cumpre pena.

Lincoln Gakiya, promotor de Justiça de São Paulo que investiga o PCC há duas décadas, afirmou ao UOL, que "Tuta não é mais o número 1 do PCC" e que "existem outros criminosos de igual calibre que estão soltos na Bolívia".

Em 2020, a operação Sharks, do Ministério Público de São Paulo, apontou Tuta como o substituto de Marcola (preso desde 1999) no PCC, porém, de lá para cá outras lideranças passaram a dividir com Tuta o comando da organização. De acordo com a desembargadora Ivana David, do Tribunal de Justiça de São Paulo, há outras lideranças em liberdade que podem assumir as funções de Tuta. "É como numa empresa. Se o CEO e o vice saem, outras pessoas os substituem e a empresa continua funcionando", disse.

Apesar de não ser o principal líder do PCC, a prisão de Tuta ainda é considerada de grande importância, pois ele ocupava a alta diretoria da organização desde 2006, época em que São Paulo sofreu ataques que vitimaram mais de 500 pessoas. 

Atualmente, Tuta desempenhava a função de representante comercial do tráfico internacional de drogas do PCC. Ele negociava a exportação da cocaína para a Europa, transitando com facilidade entre a Bolívia, Paraguai e Caribe.

Reduto do PCC

A Bolívia, país vizino à Corumbá, terminou se tornando reduto para os criminosos do PCC. Segundo Gakiya, eles gerenciam os negócios a partir da Bolívia por meio de aplicativos de mensagens que não podem ser interceptados. Para o promotor, a prisão de Tuta representa uma "esperança" de que a Bolívia "passe a colaborar" com o Brasil na captura de outros criminosos que vivem no país.

Gakiya diz integrantes do PCC encontraram "uma rede de proteção" na Bolívia. Ele cita André de Oliveira Macedo, o André do Rap; Sérgio Luiz de Freitas, o Mijão; Patrick Uelington Salomão, o Forjado; e Pedro Luiz da Silva, o Chacal. Todos fixaram moradia em condomínios de luxo naquele país, de onde comandam comércios e levam os filhos à escola, disse o promotor. *Com informações do UOL

Receba as notícias no seu Whatsapp. Clique aqui para seguir o Canal do Capital do Pantanal.

Deixe seu Comentário

Leia Também

Polícia
PM apreende mais de 34 quilos de drogas na área rural de Corumbá
Polícia
Corumbá lança campanha "Celular Seguro" com ação integrada
polícia
PRF apreende mais de 195 kg de drogas escondidas em carga de ureia
Polícia
Passageiro abandona mochilas com quase 10 quilos de maconha em Corumbá
Política
MS é 3º lugar no ranking nacional de déficit de vagas em presídios
Polícia
Civil incinera mais de 500 quilos de drogas apreendidas em Corumbá
polícia
Família de líder do TCP é detida ao tentar chegar à fronteira em MS
Polícia
Condenado por estupro de vulnerável é preso em Corumbá
polícia
PF apreende 75 toneladas de insumo usado na produção de cocaína
polícia
Operação Ágata Pantanal IV combate crimes e reforça segurança na fronteira

Mais Lidas

Cultura
Ladário abre o Natal com noite de programação especial neste sábado (13)
Cultura
Abertura do Jardim de Natal encanta o público em Corumbá
Esporte
Corumbá Fight Combat: o maior evento de MMA do centro-oeste é neste sábado (13)
Polícia
PM apreende mais de 34 quilos de drogas na área rural de Corumbá