A versão apresentada por Valdinei da Silva Pereira, de 57 anos, que afirma ter sido atacado por uma onça-pintada na noite de quarta-feira, 06 de agosto, em Corumbá, enquanto tentava resgatar seu cachorro do felino, está sendo desmentida por técnicos do Ibama, IHP (Instituto Homem Pantaneiro), PMA (Polícia Militar Ambiental) e Fundação do Meio Ambiente do Pantanal.
De acordo com as instituições, a conclusão tem como base os laudos apresentados pelo médico que atendeu Valdinei e pela avaliação de veterinários especialistas no comportamento de animais silvestres.
O médico responsável pelo atendimento do morador do Mirante da Capivara, no bairro Generoso, relata que os ferimentos sofridos por Valdinei são superficiais e que não coincidem com lesões causadas por um felino de grande porte como a onça-pintada.
Representantes das instituições ambientais que acompanham o caso estiverem no local do suposto ataque e afirmam que se o ataque realmente tivesse ocorrido, o morador não teria sobrevivido. Além disso, eles ressaltam que não faz parte do comportamento das onças-pintadas, atacar seres humanos.
O homem afirma que levou um "baque", que ele chegou a revidar com um "safanão" e em seguida ainda teria corrido atrás do animal com um pedaço de pau.
As instituições esclarecem a população que as únicas informações oficiais até o momento são as de surgimento de onça na área urbana de Corumbá, sem ataques à seres humanos. O único caso de pessoa atacada por onça na região do Pantanal, ocorreu em abril desse ano, quando o caseiro, Jorge Aválo, de 62 anos, na região do pesqueiro Touro Morto, no Pantanal de Aquidauana. A vítima foi atacada pela onça quando praticava a ceva do animal, prática que é considerada crime devido o alto risco.
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Técnicos do IHP, veterinários do Ibama e Policiais Militares Ambientais estiveram no local do suposto ataque para analisar a situação. (Foto: Divulgação/IHP)

