Encerrada na sexta-feira (21), a 10ª Expedição de Educação Ambiental no Pantanal voltou a cruzar rios e estradas do bioma levando informação, atendimento básico e atividades culturais a comunidades que vivem em áreas remotas. A iniciativa é coordenada pela Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul e, ao longo dos anos, se tornou uma das ações socioambientais mais duradouras da região. A Semadesc acompanhou toda a programação, por meio do Tenente-Coronel QOPM Cleiton da Silva, assessor de Polícia Militar Ambiental, fortalecendo a articulação entre as equipes que atuam na área ambiental.
Criada em 2016, quando o percurso ainda era feito com uma única embarcação, a expedição cresceu e hoje funciona como uma operação completa. Três barcos-hotel servem de base para voluntários, policiais e profissionais de diferentes áreas que, durante dez dias, navegam pelo Rio Paraguai levando serviços e atividades educativas a ribeirinhos, aldeias indígenas e assentamentos rurais, mesmo quando as condições do clima dificultam o trajeto.
Equipes navegam pelo Rio Paraguai levando serviços e atividades a comunidades isoladas. Foto: Divulgação/PMA“Essa expedição representa um instrumento essencial de educação ambiental, aproximação comunitária e valorização do bioma. Ao apoiar a iniciativa e acompanhar de perto suas atividades, o Governo do Estado reforça a importância de políticas continuadas que fortaleçam a consciência ambiental, respeitem culturas tradicionais e promovam a sustentabilidade nas áreas mais sensíveis do Pantanal sul-mato-grossense”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.
A programação é organizada pela 2ª Companhia de Polícia Militar Ambiental de Corumbá, com reforço de outras subunidades do 1º Batalhão. Além das ações educativas, a expedição oferece atendimentos médicos e odontológicos, entrega cestas básicas, roupas, brinquedos, kits de higiene e orientações sobre uso consciente dos recursos naturais. Neste ano, a vacinação antirrábica de cães e gatos passou a integrar o roteiro, ajudando a prevenir zoonoses nas comunidades ribeirinhas.
Menino Igor recebe cadeira de rodas motorizada na ação. Foto: Divulgação/PMA
A primeira fase, realizada por terra entre os dias 11 e 15, incluiu visitas a Porto da Manga, Distrito de Albuquerque e Porto Esperança. Um dos momentos mais marcantes ocorreu em Albuquerque, onde uma cadeira de rodas motorizada foi entregue ao menino Igor, gesto que emocionou moradores e voluntários.
A partir do dia 16, a expedição seguiu pela rota fluvial, passando por Jatobazinho, Paraguai Mirim, São Lourenço e pela Aldeia Uberaba. Lá, onde funciona a Escola Estadual Indígena, a missão chegou ao fim na sexta-feira (21). Em cada parada, o Projeto Florestinha conduziu atividades lúdicas e educativas: teatro de fantoches, jogos, palestras e ações sobre preservação da fauna, proteção das águas, pesca legal, piracema e prevenção de incêndios florestais.
Crianças participam das ações do Projeto Florestinha com aprendizado lúdico sobre o ambiente. Foto: Divulgação/PMAA edição de 2025 contou com uma rede consolidada de apoiadores que, ao longo da última década, ajuda a manter a expedição ativa: CACTVS e Agraer, Ministério Público do Trabalho, IASB, GPA, ECOA, Chalana Esperança, Unicesumar, voluntários da PMA, União BR, Defesa Civil, SOS Pantanal e Fundação de Meio Ambiente do Pantanal. A mobilização conjunta amplia o alcance das ações e reforça o compromisso com a conservação do Pantanal e o desenvolvimento das famílias que vivem no bioma.*Com informações da PMA e Semadesc.
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De 11 a 21 de novembro, iniciativa percorreu regiões isoladas com serviços, educação e apoio social. (Foto: Divulgação/PMA)


