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Natureza

COP30 impulsiona debates sobre pequenos negócios e clima em Belém

Sebrae destaca biomas como Pantanal e Cerrado e apresenta iniciativas voltadas a empresas na agenda climática

20 novembro 2025 - 10h09Danielly Carvalho

A COP30, realizada em Belém (PA), abriu espaço para discussões que vão além das grandes metas ambientais e alcançam também a rotina das micro e pequenas empresas brasileiras. Entre os temas em debate, aparecem práticas sustentáveis aplicadas ao dia a dia dos empreendimentos e a importância de fortalecer setores instalados em biomas como Pantanal e Cerrado, presentes em Mato Grosso do Sul.

Para dar visibilidade ao artesanato sul-mato-grossense, mais de 1,5 mil itens com o selo Made in Pantanal integram a loja colaborativa Brasil BioMarket, que funciona durante todo o evento. A vitrine compartilhada soma-se à participação em painéis dedicados à sustentabilidade empresarial.

Na segunda-feira (17), o analista-técnico do Sebrae/MS e gestor de sustentabilidade, Vitor Faria, mediou o painel “Os pequenos negócios nas NDC’s”, reunindo representantes do ITC, BID e PayGas Holding. O encontro discutiu como micro e pequenas empresas podem colaborar com as metas climáticas brasileiras, especialmente em setores que tratam da descarbonização. O debate ocorreu no estande do Sebrae montado na Green Zone.

“A COP30 trouxe a questão de colocar em prática tudo o que vem sendo discutido. O evento no Brasil ainda está servindo para dar peso da importância de outros biomas além da Amazônia, como o Pantanal e o Cerrado. As discussões precisam sair do nível federal e estadual e chegar nos municípios, principalmente nas pequenas empresas, para as pessoas poderem enxergar como podem ser protagonistas. O Sebrae criou ferramentas para auxiliar nisso e dar capilaridade às ações”, pontuou Vitor.

A Brasil BioMarket, do Sebrae na COP30, exibe mais de 1,5 mil produtos de artesãos de MS. Foto: Sebrae/MS

Uma dessas ferramentas é a Plataforma Empreender Clima, lançada também na segunda-feira (17). O sistema, desenvolvido pelo Sebrae em parceria com o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP) e a Organização de Estados Ibero-americanos (OEI), com apoio do BNDES, funciona como um hub digital que facilita o acesso de pequenos negócios ao crédito verde.

A plataforma orienta empreendedores na criação de projetos enquadrados nas regras do Fundo Clima, com taxas que variam entre 4% e 10% ao ano. Também reúne cursos gratuitos, trilhas de aprendizagem, mapas do ecossistema climático e um catálogo de financiamentos sustentáveis. A ferramenta está disponível em todo o país, inclusive em Mato Grosso do Sul, no site empreenderclima.org.br.

Negócios e cidades no centro da agenda ambiental

Uma estratégia que Mato Grosso do Sul apresentou na COP30 foi o Roadmap Território Carbono Neutro, metodologia que mede a maturidade ambiental dos municípios e ajuda a desenvolver políticas públicas de enfrentamento às mudanças climáticas. A iniciativa envolve a avaliação de seis aspectos: mudanças climáticas, gestão do território, capacidade administrativa, capacidade financeira, governança e ambiente de negócios.

Com base nesses indicadores, cada município recebe uma classificação entre “A” e “E”. A partir daí, são traçadas ações prioritárias para que a cidade avance na agenda climática. Setenta municípios já foram avaliados e 56 contam com uma estrutura local organizada.

Campo Grande está entre os municípios mapeados. A diretora-executiva da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), Mariana Massud, acompanhou a programação na COP30 e afirmou que a capital acelera os ajustes necessários para cumprir as metas.

“Dentre todos os eixos que são avaliados, Campo Grande está avançado na questão das políticas voltadas às mudanças climáticas. Estamos tratando o tema de forma transversal. Agora, estamos na revisão do inventário das emissões de gases. Um próximo passo também é a elaboração, de fato, do plano de ação climática e da política municipal de enfrentamento das mudanças climáticas. Trabalhamos para ter esses instrumentos publicados no próximo ano”, explicou.

*Com informações da assessoria de comunicação Sebrae/MS.

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