Menu
sexta, 05 de dezembro de 2025
Andorinha - Vendas por WhatsApp
Natureza

Brigadistas reforçam combate à incêndio na Serra do Amolar pelo lado boliviano

11 outubro 2025 - 10h02Gesiane S. Lourenço

Mediante a autorização do governo boliviano, cerca de 10 brigadistas do Prevfogo/Ibama (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) se deslocaram nesta sexta-feira (10), pela Bolívia, para reformar o combate na Serra do Amolar, em Corumbá. 

Acontece que o lado boliviano oferece mais facilidade para acessar o foco do incêndio que teve inicio em 27 de setembro e, já queimou uma área equivalente a 28 mil campos de futebol, de acordo com o Instituto Homem Pantaneiro. 

A operação na Serra do Amolar é coordenada pelo IHP e pelo Prevfogo/Ibama, com apoio da Defesa Civil Estadual. Com o envio de mais 10 homens do Ibama nesta sexta-feira (10), a ação passa a contar com 35 brigadistas do Prevfogo, além dos 12 da Brigada Alto Pantanal que também atuam no local, com suporte aéreo de dois aviões que realizam o lançamento de água em áreas críticas. Um helicóptero também auxilia no transporte das equipes e no reconhecimento dos focos ativos.

Márcio Yule, coordenador do Prevfogo, destaca a autorização do governo boliviano para a entrada da equipe no país. "O pedido de autorização foi feito porque a área por onde o fogo avança só pode ser acessada a partir da Bolívia. A equipe vai atuar em uma faixa entre a Baía Guaíva e a Baía Mandioré", explica.

Brigadistas atravessaram a fronteira com a Bolívia na tarde desta sexta (10). Foto: Reprodução/TV Morena

A Serra do Amolar fica na divisa de Mato Grosso do Sul com Mato Grosso, em uma área protegida de mais de 3 milhões de hectares. Há mais de 20 anos, é considerada patrimônio natural da humanidade e reserva da biosfera pela UNESCO, justamente pelas características únicas de biodiversidade que reúne. O terreno e as paisagens da grande formação rochosa se diferem do restante do bioma pantaneiro, e tem 80 km de extensão, possuindo morros que chegam a ter quase 1 mil metros de altitude. A área também está localizada na fronteira com a Bolívia.

 

Conforme o IHP, o incêndio foi causado pela queda de um raio na região e começou no pico de um morro com mais de 800 metros de altura.

O incêndio ameaça milhares de espécies que vivem na região. São cerca de 3,5 mil tipos de plantas, 325 espécies de peixes, 53 de anfíbios, 98 de répteis, 656 de aves e 159 de mamíferos. Além da biodiversidade, a região tem importância significativa para o ciclo de cheia no Pantanal. *Com informações do G1.

 

Receba as notícias no seu Whatsapp. Clique aqui para seguir o Canal do Capital do Pantanal.  

 

Deixe seu Comentário

Leia Também

Meio Ambiente
Balanço da Operação Pantanal 2025 registra redução histórica de focos e área queimada
meio ambiente
MS reforça manejo do fogo e prevenção mesmo com redução de incêndios
Meio Ambiente
"Representar o Pantanal na COP 30 foi transformador", diz universitária de Corumbá
Assistência Social
Trabalhadores do Pantanal recebem equipamentos de proteção individual destinados pelo MPT-MS
Meio Ambiente
Sobrevoo percorre quase 500 km para monitorar cabeceiras do Pantanal
Meio Ambiente
Símbolo nacional da biodiversidade ainda enfrenta desafios para conservação
meio ambiente
Ação "Entre Pegadas" leva educação ambiental ao Ecoparque Cacimba
meio ambiente
Chuva ajuda a estabilizar incêndio que queimou área da Estrada Parque
Meio Ambiente
Seminário antecipa soluções de enfrentamento e prevenção a incêndios
meio ambiente
Incêndio avança há três dias em área isolada do Pantanal de Corumbá

Mais Lidas

Esporte
Impasse entre Liga e Corumbaense pode deixar o clube fora do Estadual de 2026
Homenagem
Antigo Mercadão Municipal recebe o nome do ex-prefeito Dr. Edimir Moreira Rodrigues
Educação
Corumbá celebra projetos de educação infantil com premiação e reconhecimento
polícia
PF e Receita desarticulam quadrilha de contrabando e lavagem de dinheiro