A soma do período de estiagem e falta e previsão de chuva para os próximos 10 dias fez com que o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), decretasse estado de emergência em Mato Grosso do Sul pelos próximos 180 dias. O recém criado Centro Integrado de Comando e Controle deve monitorar em tempo integral todo o estado, a fim de evitar incêndio de grandes proporções ocasionados principalmente em períodos de seca extrema como o que ocorre agora n Centro-Oeste.
Ao todo foram investidos R$ 78 milhões e outros R$ 38 milhões podem ser investidos nos próximos dias a depender da situação de seca no estado. A verba já aplicada foi usada para compra de equipamentos capazes de combater incêndios de alto risco como viaturas ATBF (Auto Bomba Tanque Florestal) e até um avião específico para combate às chamas.
Azambuja explicou que, além dos dias já sem chuva, mais 10 virão pela frente, por isso a medida foi tomada em regime de urgência. Dos 79 municípios, todos já estão em alerta, sendo que Pedro Gomes tem a situação mais alarmante. Além disso, a situação do Pantanal, que ainda se recupera dos incêndios ocorridos em 2020 que queimaram 30% do bioma, reforçou a preocupação do governo.
“O Pantanal vive uma grande seca nos últimos dois anos e meio, que deve avolumar conforme o que acabou de ser apresentado. Através do satélite teremos acesso aos focos de calor e de incêndio, isso vai nos ajudar a identificar quem é o proprietário da região”, explicou. Desta forma, o contato será feito e as medidas necessárias tomadas com mais agilidade.
Além disso, segundo o governador, ficará mais fácil evitar incêndios criminosos, como os que ocorreram ano passado e ainda estão sob investigação. O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, explicou, ainda, que até abril as queimadas estavam controladas.
“Mas agora vimos a necessidade de monitorar 24 horas por dia. A Polícia Militar Ambiental e a Defesa Civil vão ajudar neste monitoramento. Temos um painel que aponta os focos de calor, incêndios, queimadas”, explicou. O CRAS (Centro de Recuperação de Animais Silvestres) também faz parte da força-tarefa e vai atuar caso sejam encontrados animais feridos. “A situação está preocupante, por isso estamos aqui, pra fazer a prevenção e combate adequados”.
Equação
O meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul, Vinícius Sperling, ilustrou uma equação usada para medir a gravidade da situação. Segundo ele, a regra dos 30, 30, 30 é certeira. “Se estivermos acima dos 30 graus de temperatura, umidade do ar abaixo dos 30% e ventos acima dos 30 quilômetros por hora e há muitos dias sem chuva, então é a combinação pronta para incêndio”.
O decreto, assinado em regime de urgência, portanto sem necessidade de licitar gastos, vale pelos próximos 180 dias e passa a vigorar a partir desta sexta-feira (22). De acordo com o governador foi solicitado apoio da Marinha e a Aeronáutica, já que o Pantanal tem regiões de difícil acesso.
Na estação de monitoramento vão atuar 25 profissionais em regime de plantão. Estão escalados 100 brigadistas para trabalhar em agosto conforme for surgindo demanda e outros 200 em setembro. A contratação de mais mão de obra pode ser feita também sem processo licitatório, por ser tratar de medida de urgência.
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O governo criou recentemente o Centro Integrado de Comando e Controle para monitorar todo o estado em tempo real. (Chico Ribeiro/Gov MS)


