Os protestos na Bolívia ocorrem pela prisão do governador de Santa Cruz, Luis Camacho, apontado como um dos principais responsáveis pela deposição do ex-presidente Evo Morales. Na Rota Bioceânica, estrada que liga a Bolívia ao Brasil, há pelo menos duas manifestações. Além disso, em Santa Cruz de La Sierra, a 650 km de Corumbá, populares e caminhoneiros realizam bloqueios de pelo menos quatro outras rodovias.
A fronteira da Bolívia com o Brasil, por Corumbá, continua aberta, porém o 6º Batalhão da Polícia Militar de Corumbá não descartada a chance de que o trânsito seja bloqueado nos próximos dias. De acordo com a Receita Federal, o fluxo de caminhões na fronteira já tem refletido os protestos que ocorrem no país vizinho.
"Em média, o fluxo de veículos de cargas na fronteira com Corumbá é de 600 a 800 por dia, e com os bloqueios, estima-se que o fluxo atual seja de 100 a 150 veículos diariamente. Os caminhões não estão conseguindo retornar para carregar, e isso está impactando o comércio exterior, tendo em vista que as mercadorias não estão sendo levadas aos seus destinos", explica Erivelto Alencar da Alfândega da Receita Federal em corumbá.
O servidor da Alfândega esclarece ainda que os veículos que trafegam na região não podem ser substituídos facilmente, porque precisam de autorização dos órgãos competentes para realizar o transporte internacional de cargas.
A Receita Federal tem monitorado a situação e está em diálogo com os permissionários dos recintos, com os representantes dos transportadores e com os demais intervenientes.
Sobre a prisão de Camacho
O governador de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho, que foi preso em 28 de dezembro e levado para o presídio de Chonchocoro, acusado de terrorismo. Um juiz boliviano determinou pena de quatro meses. Segundo o site El Deber, a polícia tem respondido com violência aos protestos, o que tem inflamado as manifestações.
Histórico de bloqueios
No final de 2022, a fronteira entre Corumbá e Bolívia ficou fechada por mais de 30 dias quando manifestantes bolivianos pediam a antecipação do Censo Demográfico para 2023. Bolivianos defendiam que a verba distribuída aos estados precisava ser revisada e dividida de forma que representasse melhor a realidade. O governo não cedeu e manteve o Censo para março de 2024. A linha internacional foi reaberta definitivamente em 26 de novembro.
* Matéria editada às 13h19 para atualizar informações
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Há bloqueios em pelo menos dois pontos da Rota Bioceânica e mais quatro em vias de ligação na capital boliviana, Santa Cruz de la Sierra. (Reprodução El Deber)


