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Pressões contra jornalista que defende direitos humanos

19 janeiro 2018 - 10h25Sylma Lima

Outro dia, alguém que se apresentou como ‘da polícia’. Intimou uma das ex-internas do presídio feminino de Corumbá, denunciantes do caso Larissa. Primeiro a aconselhou a retirar as denúncias. Depois, em tom ameaçador, falou que ela corria o risco de voltar ao sistema, respondendo a um novo processo.

Daí, todas as denuncias foram misteriosamente apagadas do facebook, e, depois veio insinuação direta a esta jornalista, também pelo face. Partindo ou não de um ‘fake news’, decidi responder àquela manifestação, na qual senti  sabor intimidatório. Tantas são as ameaças que já penso em pedir ‘garantias de vida’.

Mas com todo respeito ao direito constitucional de livre expressão de pensamento do Sr. João Regardo Estra. Ainda que por mais absurda seja sua censura ao mister constitucional do jornalista em acolher  e publicar denúncias embasadas em manifestações de ‘Seres Humanos’, mesmo que devedores de alguma situação perante a sociedade.

Lembro  de uma defesa feita a Luiz Carlos Prestes, com base na lei de proteção aos animais. Lembro de outra, do jurista Clóvis Sahione, em defesa legítima da honra da prostituta que recusou o programa proposto por um policial. Há ainda a defesa do Criminalista Heleno Fragoso, enfrentando a ditadura militar para comprovar que Wladimir Herzog não se suicidou. Foi enforcado. E agora estamos diante do caso de Larissa Oliveira.

A acolhida à denúncia da mãe da vítima, das detentas e ex-detentas que narram situações de tortura, está a exigir apuração. Como jornalista defenderei o direito que têm, mesmo presas, estas mulheres miseráveis. Não posso calar diante de castigos físicos. Não poderia dormir sem lutar para que as denúncias de ‘cela de castigo’ sejam apuradas. E não por ‘um mínimo de dó’, como o senhor João Regardo Estra propõe, sendo ele ‘fake’ ou não. Mas por um máximo de respeito à dignidade humana.

Processos existem, como também existem ‘exceções da verdade’, senhor João. Apuração, é apenas o que peço, em nome da família da vítima e em nome das internas. Tudo com base em depoimentos gravados, que estavam num facebook misteriosamente apagado, mas dos quais detenho cópias. Que se faça uma visita ao presídio. Que seja feita a exumação. Que se apurem as denúncias, ao invés de intimidar e ameaçar jornalistas.

Já temos novas gravações. Começa a avançar a apuração do caso, nas mãos do Delegado Regional Antenor Camargo Leme. Vamos continuar acompanhando e informando. Sempre com base em fatos, depoimentos e provas. É dever humanitário. É respeito à Cidadania.

 

 

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