Conforme a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, na pesquisa “Inquérito de Saúde de Base Populacional no Município de São Paulo” (ISA Capital-2015), que dá um panorama do perfil da saúde do paulistano, realizada pela Secretaria Municipal da Saúde e divulgada no último dia 31 de março, só no ano de 2003, 38% dos entrevistados foram classificados com excesso de peso; em 2015, o índice aumentou para 49,7%.
Recentemente, estudo publicado na revista Lancet também mostrou que um quinto da população brasileira adulta, ou quase 30 milhões de pessoas, é obesa. A pesquisa ainda ressaltou que o número de obesos dentre as mulheres, em 2014, era de 23%, ou seja, 18 milhões, e a taxa dentre os homens era de 17%, totalizando 11,9 milhões. Os dados, alarmantes, colocam o Brasil dentre os países com mais obesos.
De acordo com a nutricionista e diretora científica do Departamento de Nutrição da SOCESP (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo), Regina Helena Marques Pereira, a obesidade é uma doença e por isso deve ser estudada e abordada.
“Não se trata apenas de comer muito ou apenas dos fatores genéticos. A obesidade é o resultado da interação dos fatores genéticos e ambientais, nos quais o desequilíbrio provocado entre a ingestão maior e o gasto menor leva o indivíduo a desenvolver inicialmente sobrepeso, atingindo a obesidade se o padrão mantiver-se”, explica a profissional.
A nutricionista salienta que a obesidade é um dos mais importantes fatores de risco, senão a principal causa, de hipertensão, diabetes e outras doenças cardiovasculares, incluindo a insuficiência cardíaca.
Ela esclarece que fatores como a inflamação, estresse oxidativo e lipotoxicidade podem contribuir para o aparecimento de doenças que acometem o coração, pois têm a capacidade de lentamente lesionar as estruturas orgânicas fundamentais para o equilíbrio do sistema cardiovascular, como os vasos sanguíneos, os rins e o pâncreas, que, quando perdem sua função, expo?m o indivíduo ao diabetes e a um risco em dobro de sofrer um evento cardiovascular que pode levá-lo a óbito, quando comparado à população sem diabetes.
Regina destaca que não existe obesidade sem o consumo alimentar inadequado. Na opinião da especialista, apenas em casos raros, que não chegam a 5%, acontece o inverso.
“No geral, o consumo que leva um indivíduo à obesidade tem como característica um padrão alimentar pouco saudável, marcado por excesso de açúcares e/ou gorduras, além de sódio e álcool, dentre outros alimentos. Dessa forma, podemos entender que um padrão alimentar saudável, livre desse tipo de excesso, pode ajudar a evitar a progressão do percentual de indivíduos obesos entre a população”.
No entendimento da nutricionista, com o aumento do percentual de obesos, os riscos do desenvolvimento de doenças cardiovasculares também tendem a subir. Ela frisa que o papel da educação nutricional é fundamental para que a medicina possa modificar as projeções negativas e diminuir o índice de obesidade no País e no mundo.
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