Com o início do julgamento final do impeachment de Dilma Rousseff nesta quinta-feira (25/08) pelo Senado Federal, o setor industrial de Mato Grosso do Sul aguarda a confirmação da saída para que se crie clima favorável de crescimento no Estado. Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, o Brasil precisa avançar e somente com um novo governo serão geradas novas possibilidades.
“Esperamos que o Senado dê essa chance para que o País volte a crescer economicamente. Entendemos que é preciso investir em algo diferente, pois já conhecemos o passado e não gostamos do que foi feito e, por isso, queremos acreditar no futuro”, declarou Sérgio Longen. “Nós precisamos de pessoas comprometidas com o desenvolvimento do País e não com o assistencialismo. Isso tudo tem reflexo direto na economia, portanto, precisamos de clima e condições para voltar a crescer e produzir”, finalizou.
O presidente da Anicer (Associação Nacional da Indústria Cerâmica) e do Sindicer/MS (Sindicato das Indústrias Cerâmicas do Estado), Natel Henrique Farias de Moraes, também acredita no afastamento em definitivo da presidente Dilma Rousseff e já projeta uma retomada da confiança do setor empresarial com a confirmação do impeachment. “Com certeza, com a saída dela, os investimentos serão retomados, pois, quando ela foi afastada, o mercado já parou de cair, ficando estabilizado. Agora, a tendência é que a economia comece a crescer novamente”, previu.
Na avaliação do presidente do Conselho Diretivo da Abigraf Nacional (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) e do Sindigraf/MS (Sindicato das Indústrias Gráficas de Mato Grosso do Sul), Julião Flaves Gaúna, os empresários do segmento da indústria gráfica sempre foram favoráveis ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e agora, mais do que nunca, acreditam no afastamento em definitivo dela do cargo. “Esperamos que, com a saída da presidente, esse ciclo de retrocesso econômico do País seja encerrado e possamos iniciar a retomada do crescimento”, declarou.
Para o presidente da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul), Roberto Hollanda Filho, a expectativa da indústria sucroenergética é que o impeachment da presidente Dilma seja consolidado para que o segmento possa voltar aos trilhos. “O setor sucroenergético sofreu muito por conta de medidas do governo federal em relação ao etanol, tentando congelar o preço da gasolina para controlar a inflação. Essa decisão equivocada teve um efeito nefasto e serviu apenas para acabar com a Petrobras e com o avanço do etanol no País”, recordou.
Roberto Hollanda acrescenta ainda que o governo da presidente Dilma Rousseff fez a mesma coisa com a geração de bioenergia, quando reduziu o preço das tarifas do setor energético. “Hoje, nós poderíamos ter aumentado a geração de energia limpa no Brasil, mas, graças à política equivocada dela, caminhamos para trás. A nossa expectativa com a ratificação do afastamento vai ser retomar a discussão com o novo governo para que Brasil define uma matriz energética e de combustível para que possamos recuperar o nosso potencial”, destacou.