Após quatro anos em seca severa, impedindo a tradicional cheia dos rios, onde a água dos cursos d’água transborda e inunda as planícies, o Pantanal tem vivido um cenário diferente neste ano. Monitoramento da Marinha do Brasil aponta que o nível da água tem subido rapidamente nas regiões de Porto Murtinho, Forte Coimbra e Ladário.
De acordo com a Ecoa Pantanal, a maior concentração de chuva está na região sul, atingindo rios afluentes do Paraguai, como o Aquidauana, Taquari e Coxim, que estão com altos níveis de água e estão contribuindo para a inundação de planícies na região. O aumento do volume de água na porção Sul do Pantanal é observado nos gráficos da Marinha, em especial nas réguas de medição de Ladário, Porto Murtinho e Forte Coimbra.

No gráfico de monitoramento da Marinha do Brasil é possível observar que a régua de Ladário registra quase 2 metros de altura neste mês de março, enquanto no mesmo período do ano passado, marcava pouco mais de 1,5m.
No Forte Coimbra, o nível da água já ultrapassou 1 metro de altura, enquanto no mesmo mês de 2022, não estava nem próximo de 0,5m. Na régua de Porto Murtinho, o cenário é ainda mais extremo. Atualmente, a marcação está em 6 metros de altura, bem diferente dos pouco mais de 2 metros registrados em março do ano passado.
Moradores dizem que há aproximadamente uma semana, as crianças não conseguem chegar na escola. Foto: Capital do PantanalRibeirinhos da região do Castelo, no Pantanal de Corumbá, já enfrentam extrema dificuldade para navegarem nas águas do rio Paraguai. Uma densa vegetação impede que o barco escola leve as crianças para estudar, completando aproximadante uma semana que elas não comparecem à Escola Rural Jatobazinho. Num esforço sobre humano, piloteiros enfrentam pôr baceiro, um sofrimento de horas para atravesar o rio com idosos, mulheres, crianças e homens puxando barco. Assista vídeo enviado pelos moradores no link.
Moradores do Castelo procuraram a redação do Capital do Pantanal e pediram ajuda para expôr a realidade. Eles dizem que mais uma vez pedem socorro por que estão presos e, quando precisam sair enfrentam horas de dura navegação, o barco é puxado no braço pelos piloteiros, que correm o risco de serem mordidos por jacaré ou picados por sucuri. Eles detalham que há muitas crianças e idosos e há dias o barco escola não consegue chegar na região.
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A cheia acompanhada de uma densa vegetação tem impedido a locomoção dos moradores da região do Castelo. (Capital do Pantanal)

