Para reduzir preço do produto, mercado ficará aberto pelos próximos três meses. Expectativa é de que medida tenha reflexo rápido nos valores atuais
Depois de o presidente em exercício, Michel Temer, determinar que o governo zerasse o imposto de importação para o feijão, a medida se tornou concreta nesta quinta-feira (23). Cerca de 24 horas após a reunião que definiu a estratégia, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) assinou a decisão.
A medida vale por três meses e incide sobre os feijão preto e carioquinha, os mais consumidos no País e cujos preços haviam disparado nos últimos meses. Uma quebra de safra em regiões importantes diminuiu a oferta do produto.
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, preside o grupo executivo de gestão da Camex e assinou a decisão. A medida será publicada no Diário Oficialdesta sexta-feira (24).
Em junho, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), o feijão carioca registrou alta de 16,38%. No acumulado do ano, o produto ficou 54,09% mais caro.
Vizinhos
“Como não há perspectiva do aumento da oferta do produto no mercado no curto prazo que seja proveniente da produção regional, decidimos que é necessário facilitar a importação por meio da redução da alíquota do Imposto de Importação”, explicou o ministro.
Até então, apenas os países integrantes do Mercosul estavam isentos do imposto. Agora, o mercado fica livre para o feijão de qualquer nação. O objetivo do governo, primeiro, é estimular a compra de locais mais próximos, como Argentina, Paraguai e Bolívia.
A expectativa é de que a demanda brasileira seja atendida por esses países mais próximos. Caso não seja suficiente, feijão vindo do México e da China devem chegar aos mercados nacionais.
Clima
“O feijão tem três safras, a segunda, que é a que está colhendo agora, sofreu frustração de 10% na previsão de colheita que tínhamos”, explicou ontem (22) o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
O ministro ainda ponderou que o mercado doméstico é controlado por poucos operadores e que essas medidas devem quebrar ou pelo menos diminuir a fora desse monopólio.
“Estamos fazendo essa ação junto a mercados e atacadistas para que eles possam buscar esse feijão e quebrar esse monopólio”, afirmou.
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