Com a desativação da maioria das seções eleitorais que funcionavam no Pantanal de Corumbá, localizadas em regiões de difícil acesso, a Justiça Eleitoral montou uma estrutura de transporte para garantir o acesso de 280 eleitores de alguns distritos, fazendas e comunidades ribeirinhas aos locais de votação na cidade. Ao todo serão sete rotas utilizando ônibus, lanchas e barcos durante a eleição no domingo (02).
A planície pantaneira conta com apenas uma seção, a de nº 175 da 7ª Zona Eleitoral, no distrito de Porto Esperança com 120 eleitores aptos a votar. Por estar situada às margens do rio Paraguai, o acesso à localidade é restrito às vias fluviais e ferroviária. Exclusivamente nesta localidade um barco da Marinha levará urna e mesários para garantir o sufrágio dos eleitores, localizado a 85,3 km de Corumbá. O trecho a ser percorrido pelo rio é de aproximadamente 14 km e os dados com os votos registrados serão enviados por internet ou equipamentos portáteis de transmissão via satélite providos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aos centros de totalização.
Logística
A maior operação logística será feita para transportar os eleitores do Forte Coimbra – construído em 1775 em uma encosta do rio Paraguai, na fronteira tríplice Brasil/Paraguai/Bolívia – até Corumbá, distante 152,2 km (dos quais 82,2 km com acesso exclusivamente fluvial). O monumento histórico fica localizado no Pantanal do Nabileque, entre Corumbá e Porto Murtinho.
O distrito faz parte da jurisdição do Exército e abriga uma comunidade civil. Uma lancha militar sairá do forte às 03h de domingo com 70 pessoas até Porto Murtinho (ponte sobre o Rio Paraguai, na BR-262), de onde a viagem seguirá em ônibus e micro-ônibus fretado até Corumbá. O retorno à fortificação será às 15h30, obedecendo a mesma rota.
Serão transportados também até Corumbá os eleitores do distrito de Maria Coelho, do Porto Morrinho, Jacadigo (sub-região do Pantanal) e do Assentamento Paiolzinho. Os eleitores serão deixados no terminal de transbordo municipal, de onde se direcionarão às suas respectivas seções eleitorais por conta própria, retornando deste ponto às suas localidades após às 15h30.
A Justiça Eleitoral disponibilizou ainda dois ônibus para 100 eleitores das agrovilas 1 e 3 do Assentamento Taquaral, os quais residem distantes da seção instalada na Escola Monte Azul, no mesmo projeto de colonização agrária.
No Passado
Até a década de 80, algumas seções eleitorais funcionavam em escolas públicas instaladas em fazendas e também na Nhumirim – Unidade Avançada da Embrapa Pantanal na região da Nhecolândia. A Justiça Eleitoral utilizava aviões dos fazendeiros e barcos de instituições militares, no dia da eleição, para transportar as urnas e mesários. O baixo número de eleitores foi um dos motivos que resultou no fechamento destas seções, por resolução do TRE/MS.
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As seções da região foram fechadas. (Divulgação)

