Desde a meia noite de hoje (23) a fronteira da Bolívia com o Brasil está fechada por tempo indeterminado. Protestantes que vão contra ao atual presidente Evo Morales, candidato à reeleição pela quarta vez consecutiva no país, posicionou caminhão na linha territorial internacional para impedir a entrada e saída de veículos. Até o moemnto, só é possível entrara na Bolívia a pé. O primeiro impacto dessa ação atinge em cheio os aproximadamente 4 mil bolivianos que atravessam a região diariamente para trabalhar em solo brasileiro, nas feiras livres de Corumbá e Ladário.
Desde a noite do último domingo (20) a Bolívia vive em tensão de guerra por conta da interrupção na contagem preliminar dos votos das eleições presidenciais no país. Manifestantes acusam Evo Morales de fraudar a contabilidade dos votos em benefício próprio. Desde então, grupos revoltados saem as ruas exigindo por uma recontagem transparente.
Na segunda-feira (21) pela manhã, a contagem chegou a ser retomada e uma vantagem que garantiria a vitória de Evo Morales no primeiro turno foi anunciada, porém em seguida a vantagem diminuiu e o resultado se manteve cada vez mais incerto. A partir daí iniciaram os protestos contra um novo mandato do atual presidente.
Para vencer a disputa no primeiro turno, Morales teria que conseguir 50% dos votos válidos mais um ou 40%, mas com pelo menos dez pontos a mais do que o segundo colocado. O segundo turno, caso ocorra, está marcado para 15 de dezembro.
O presidente Evo Morales, do Movimento ao Socialismo (MAS) e Carlos Mesa do Comunidad Ciudadana. Foto: Reuters/David Mercado O Capital do Pantanal conversou com a boliviana Liliana Corrêa, que compartilha da opinião dos protestantes e nos contou o sentimento que prevalece entre os bolivianos nesse momento. “Temos que sair as ruas agora, não podemos permitir que Evo Morales siga com as fraudes, se não lutarmos agora vamos nos tornar uma Venezuela”. Disse revoltada.
Segundo Liliana, na província onde ela mora, a vitória foi de Carlos Mesa, porém na contagem oficial do Tribunal Electoral Departamental (TED) Morales conquistou a maioria dos votos. Testemunha afirma que população possui cópias das atas de votação de cada colégio da região, onde prova a divergência entre a contagens.
Liliana comenta ainda que a fraude inicia já no momento da candidatura, segundo ela, Evo Morales é um candidato irregular, com base no artigo 168 da Constituição Política do Estado, que determina o período de mandato presidencial de cinco anos, podendo ser reeleito por apenas uma vez de maneira contínua.
Testemunha afirma que a população vive com medo, mas não deixará de lutar, segundo Liliana, Evo Morales está substituindo comandantes do Exército que ignoram suas ordens de disparar contra os revoltados.
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