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Caminhada em Campo Grande pede tolerância com diversidade religiosa

20 novembro 2017 - 10h08Correio do Estado

Devotos e simpatizantes de religiões com matriz africana, Candomblé e Umbanda, participaram neste domingo (19), de uma cerimônia coletiva em Campo Grande, que homenageia uma das divindades mais importantes da crença espiritualista, denominada Oxum (protetora das águas, fertilidade e do amor). 

Com apoio da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), de outras crenças religiosas e da população, os fieis aproveitaram para pedir mais tolerância à diversidade de religião e fraternidade entre os povos. O tema propõe ainda, a reflexão sobre situações de intolerância e violência ocorridas recentemente em templos de outros estados brasileiros. 

O dirigente da casa Ilê Dará, o balorixá Lucas de Odé, conta que o evento é realizado pelo terceiro ano consecutivo, crescendo a cada edição em número de participantes, no entanto, ainda enfrenta bastante preconceito. "Quem teve a ideia de tornar a festa coletiva foi o dirigente do Axé Pioneiros, o pai Edson. Nossa homenagém é dedicada ao Orixá protetor das cachoeiras e dos rios, e, reunimos também, irmãos de outras religiões. Infelizmente, vivenciamos o preconceito em nossa própria cidade", comenta o dirigente. 

Pai Lucas explica que ao entrar em contato com empresas que trabalham com equipamentos de som, que seriam utilizados na procissão, cinco se recusaram a fechar contrato, depois de saberem que tratava-se de uma festa religiosa do candomblé e umbanda."Temos fé em Deus como qualquer outro cidadão, a unica diferença é que nossa fé se reforça no culto à natureza. Tanto que as oferendas deixadas no lago não prejudicam o meio ambiente, temos respeito e amor profundo aos elementos da natureza", acrescenta. 

FRATERNIDADE

Umas das maiores declarações de apoio e respeito vem da comunidade da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, representada pelo religioso Hugo Armando Sanchez. "Todos os anos acompanhamos a caminhada, pois, estimamos o trabalho realizado por nossos irmãos das religiões de matriz africana. Se queremos ter um mundo melhor, mais fraternos, temos que promover mensagens de amor e respeito ao próximo", observa o reverendo. 

Para o idealizador do 'Presente de Oxum',  o Babalorixá Edson Fernandes, além da simbologia ritual, o Karodô (presente) traz uma mensagem simbólica de união e empoderamento, especialmente em face dos diversos casos de intolerância religiosa ocorridos em todo o País, especialmente no Rio de Janeiro.

“Sempre foi um desejo nosso fazer a manifestação em Campo Grande e chegamos à terceira edição. Daqui pra frente, tudo o que queremos é que essa e todas as manifestações da nossa fé sejam respeitadas e que sejamos vistos como aquilo que somos: religiosos”, comenta o Babalorixá.

 

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