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Economia

Plano define ações para fortalecer cadeias pecuárias do Pantanal

08 julho 2025 - 08h20Gesiane S. Lourenço

Encomendado pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o Plano de Fortalecimento das Cadeias Pecuárias do Pantanal de Mato Grosso do Sul, elaborado pelos consultores Marcelo Rondon de Barros e Janielly Barros, detalha desafios, oportunidades e ações para as principais atividades pecuárias da região, que representa cerca de 27% do território estadual e 6,8% do PIB estadual.  A pecuária existe há 300 anos no Pantanal e com o diagnóstico elaborado terá um olhar diferenciado em todas as suas cadeias produtivas.

A bovinocultura de corte é a principal atividade, reunindo mais de 4,2 milhões de cabeças – cerca de 22,7% do rebanho estadual. Só em 2024, a comercialização de bezerros e bois movimentou mais de R$ 5 bilhões, mostrando a força do Pantanal como fornecedor de animais magros para engorda e abate no Estado.

O plano propõe medidas como criação de selos de origem, incentivo à exportação via ampliação de habilitação de frigoríficos, rastreabilidade do couro e pagamento por serviços ambientais.

"É uma ampliação das ações que a Semadesc trabalha nas cadeias pecuárias, principalmente na bovinocultura que é a maior cadeia de produção na região. Mas foram consideradas inúmeras atividades pecuárias", salientou.

Pela sua dimensão de importância econômica para o Pantanal, a bovinocultura é o destaque no plano. "O grande foco é a questão da bovinocultura por entender que atividade é praticada há pelo menos 300 anos no Pantanal. Então precisávamos entender como estava essa pecuária, em cada atividade e com o estudo isto está respaldado", salientou o titular da Semadesc Jaime Verruck.

O relatório analisou ainda as cadeias de peixes, ovinos, abelhas, jacarés e equinos do Pantanal. O objetivo foi identificar o status atual e a dinâmica das principais pecuárias, assim como elencar os desafios e oportunidades da região, visando fomentar o desenvolvimento das principais cadeias produtivas.

Diagnóstico foi apresentado a equipe da Semadesc na última semana. Foto: Mairinco de Pauda/Semadesc

O levantamento abrange 11 sub-regiões no Pantanal, sendo oito no Mato Grosso, e no Pantanal do Paraguai. Dentro dessa estrutura, segundo Verruck, foram verificados indicadores como produtividade, condições dos imóveis e programas de incentivos.

"Foi feito um amplo diagnóstico da pecuária, apicultura, piscicultura, entre outros para que se pudesse fazer um plano de ação. Isso também está dando muito suporte para toda a questão do PSA (Pagamento por Serviços Ambientais) do Pacto do Pantanal. Então a ideia é exatamente que ao longo desse processo fosse realizado um plano de ação para o fortalecimento das cadeias produtivas.

Outras cadeias

Outras cadeias, como a ovinocultura, também foram estudadas. De acordo com o estudo, embora tenha sofrido redução de rebanho, a atividade voltou a crescer em abates e faturamento, inclusive com a valorização da raça pantaneira. Entre as ações propostas estão o reconhecimento da raça, combate à informalidade e criação de protocolos de produção sustentável.

A apicultura e meliponicultura se destacam pelo potencial ambiental, especialmente após o registro da Indicação Geográfica do Mel do Pantanal, mas enfrentam gargalos logísticos e informais. O plano sugere ampliar assistência técnica, qualificação de produtores, além de estudar espécies nativas e criar seguros específicos.

O levantamento abrange 11 sub-regiões no Pantanal. Foto: Saul Schramm/Secom/Arquivo

A piscicultura, limitada pelas condições naturais e legislação ambiental, é apontada como área potencial, desde que haja investimento em genética e manejo sustentável. A cadeia do jacaré-do-pantanal (com sistemas como farming e ranching) também ganha espaço, com foco em gerar renda para pequenos produtores por meio do sistema headstarting, além de fortalecer certificações e mercados.

A equideocultura, essencial para a cultura pantaneira e operação das fazendas, também é contemplada, com destaque para ações de promoção da raça pantaneira e incentivo ao correto registro dos animais.

Além das ações específicas, o estudo reforça a necessidade de melhorar a logística do Pantanal – ampliando aterros, portos fluviais e estradas –, modernizar as inspeções sanitárias e integrar políticas públicas para equilibrar produção e preservação. O plano considera dados de órgãos como IAGRO, IBGE, AGRAER e SENAR e abrange aspectos ambientais, sociais e econômicos. *Com informações da Semadesc

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