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Economia

Frigoríficos cessam exportação aos EUA, mudam rota e valor da picanha pode cair

15 julho 2025 - 12h25CG News

Antes mesmo do início da vigência da prometida sobretaxa de produtos de origem brasileira, de 50%, anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump, o setor frigorífico do Estado já se adiantou e buscou outros compradores para exportar a carne que iria aos EUA. Isso porque, o transporte marítimo levaria dias para entregar o produto, com a previsão de chegada já em agosto, quando valerão os novos percentuais, caso não avancem tratativas comerciais.

Há ainda muita incerteza, mas o setor já acredita que o preço da carne deve cair no mercado interno, assim como do boi, avalia o vice-presidente do Sicadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados do Estado de Mato Grosso do Sul), Alberto Sérgio Capuci. Porém, o dirigente considera que não dá pra afirmar que isso resultará em aumento do consumo interno. O preço do boi também sofre impacto pela época, com aumento da oferta diante da estiagem.

Segundo Capuci, os frigoríficos credenciados para exportar aos Estados Unidos na semana passada mesmo colocaram suas equipes comerciais para redirecionar o produto que iria para o país norte-americano. É o caso do Naturafrig, que é diretor, e funciona em Rochedo. Os abates não foram alterados. Entre os outros mercados que podem absorver a produção local estão China, Chile e Oriente Médio, expôs.

Analistas de mercado apontaram a sites especializados nacionais que quem opera nos Estados Unidos, com unidade de abate, como é o caso do JBS, terão menor impacto com a decisão de Trump de sobretaxar as carnes. Já havia um tributo de 10%, agora o presidente anuncia que imporá mais 50%. Com a medida, o quilo da carne brasileira ficaria cerca de US$ 1,50 acima do produto daquele país. A situação torna inviável enviar a carne para aquele mercado consumidor, na avaliação de Capuci.

Peso na economia local

Na semana passada, o secretário Jayme Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), informou que os Estados Unidos ficam em segundo lugar nas exportações de Mato Grosso do Sul, com 10%, enquanto a China responde por 47% da compra. Ele lembra que na taxação anterior, de 2018, o Brasil acabou incrementando as exportações porque outros países sofreram taxações maiores, o que agora acontece de forma oposta, com a ameaça ao País entre as mais duras.

As exportações de carne de Mato Grosso do Sul para os EUA somaram US$ 315,5 milhões no primeiro semestre deste ano, avanço de 11,4 % em relação ao mesmo período de 2024, enquanto a quantidade embarcada reduziu de 387,7 mil para 318,2 mil toneladas. O quilo teve elevação média de 36%, subindo de US$ 0,73 para US$ 0,99, alta de quase 36 %, suficiente para melhorar a receita mesmo com menos carga.

O Estado aposta em novos mercados na Ásia. Recentemente, o Brasil recebeu a certificação de área livre da aftosa sem vacina, em Paris. A melhoria do reconhecimento da condição sanitária foi visto como facilidade de acessar mercados mais rigorosos, como é o caso do Japão e a Europa.

Entre outros produtos que o Estado exporta e que já se considera o impacto nas exportações estão minério, celulose e soja. O Governo Federal publicou hoje a criação de um comitê para tratar da aplicação de medidas de reciprocidade e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, se reuniria hoje com representantes da indústria e do agro para discutir como reagir e avaliar os impactos na economia do País.

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