Me lembro quando lancei o Capital do Pantanal, no dia 23 de outubro de 2003, e o que aconteceu nos últimos 13 anos e sinto que sou mais que vencedora. Enfrentei de cabeça erguida todos os obstáculos, arranquei todos os espinhos que encontrei pelo caminho e aprendi a transformar o sofrimento em aprendizagem. Fiz como Fernão Capelo, de Richard Bach, abdiquei-me de toda satisfação pessoal para investir no profissional, me despi de sentimentos inúteis e aprendi a voar alto, como o personagem e entendi que, “ vê mais longe a gaivota que voa mais alto” .
E estou voando, ainda. Exercitando diariamente a caridade, testando os limites da fé colocando em exercício a gratidão. O resultado não podia ser melhor...criei meus três filhos com dignidade, cuido minha mãe e trabalho no que gosto (aro as palavras).
Desde menina escrevo e leio tudo que aparece na minha frente, até bula de remédio e assim me realizo. Atingi a maturidade. Muito dos meus amigos já se foram...Mas, eu estou aqui...Como disse Augusto Cury, “ uma pessoa imatura pensa que todas as suas escolhas geram ganhos. Uma pessoa madura sabe que todas as escolhas tem perdas” . E a vida não dá outra chance ou uma segunda opção entre escolher o que nos agrada ou o que n os realiza como pessoa. Entretanto, temos que estar preparados para a luta....
Nessa guerra insana , é vencer ou vencer. Cada um faz a sua escolha. Eu fiz a minha e, nesta manhã em que completo 50 anos (assumidos) quero agradecer a Deus pela minha vida e tudo que ela me proporcionou, principalmente os filhos, a família e os amigos verdadeiros.
Ouso dizer que estou em paz comigo mesma e que esta data é como outra qualquer, mas para mim tem um significado diferente... Aprendi a aceitar a imperfeição dos outros, a ser mais tolerante, comedida, dar o que receber...Mas, continuo a mesma menina que estudou no Santa Teresa, era chamada “ cabelo de milho” por Seo “ Baiano” e ganhava presentes de Teresinha Baruki por passar de ano com boas notas. Sou como a grande poetisa Martha Medeiros:
“ Sou uma mulher madura
Que às vezes anda de balanço
Sou uma criança insegura
Que às vezes usa salto alto
Sou uma mulher que balança
Sou uma criança que atura” ....
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