COLUNA
O Mapa da Segurança Pública 2025 – Base 2024, recentemente publicado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, revela dados impactantes: no ano passado, as forças policiais apreenderam mais de 1.400 toneladas de maconha, sendo cerca de 600 toneladas somente no Mato Grosso do Sul, o que coloca o estado em 1º lugar no país em apreensões dessa droga. Já no caso da cocaína, foram mais de 137 toneladas apreendidas, sendo 17 toneladas em MS.
Esses dados oficiais são fundamentais para embasar as estratégias de prevenção e também para reforçar o controle social, com o envolvimento da população. É nesse ponto que ganham importância os Conselhos Comunitários de Segurança, formados por representantes da sociedade civil, além do papel ativo da imprensa.
O tráfico internacional de drogas, especialmente nas fronteiras com Paraguai e Bolívia — realidade do Mato Grosso do Sul —, alimenta o crescimento do crime organizado, que se estrutura a partir dessas rotas.
Mas afinal, quais seriam as soluções para combater esse mal que tanto afeta a sociedade?
É fundamental que os governos se unam e ajam com máximo rigor, ocupando de forma firme os territórios dominados pela criminalidade, com presença constante e ostensiva das forças policiais.
É isso mesmo: saturar as áreas com alta incidência de crimes, mostrando que o Estado está presente.
Além disso, é urgente padronizar os procedimentos operacionais, alinhar legislações sempre que possível, investir em tecnologia, e envolver a sociedade civil e o meio acadêmico nesse esforço.
Deixo aqui um chamado às universidades: estudem mais a segurança pública. Unam forças com os profissionais da área e com a sociedade civil para buscar soluções reais e sustentáveis para a violência, talvez o maior desafio do século XXI.
O crime organizado é, sem dúvida, uma ameaça ao Estado Democrático de Direito — e, portanto, a todos nós. Vivemos tempos de incerteza, instabilidade e insegurança, marcas do mundo atual.
Ainda assim, continuo acreditando no Brasil. Um país viável, com enorme potencial para promover o desenvolvimento sustentável.
Combater o crime organizado com rigor, firmeza e união — entre os três poderes, as forças policiais, a sociedade organizada e o mundo acadêmico — é, na minha visão, o melhor caminho para garantir segurança e cidadania a todos os brasileiros.
*Artigo de Alírio Villasanti, coronel da PM, veiculado no site Campo Grande News
Receba a coluna Entrelinhas no seu Whatsapp. Clique aqui para seguir o Canal do Capital do Pantanal.
Deixe seu Comentário
Leia Também
Atuação policial integrada nas fronteiras e divisas
Segurança Pública: O grande desafio nacional
Rota Bioceânica depende de segurança
Traficante não é coitadinho!
