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Escolas Cívico-Militares terão bombeiros e policiais em 2020

22 novembro 2019 - 09h44Correio do Estado

A partir de 2020, as duas escolas de Campo Grande selecionadas para o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), do Ministério da Educação (MEC), terão militares do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar (PM) para auxiliar na gestão e no ensino das unidades, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SED). O MEC confirmou ontem a seleção das escolas da Capital e outra de Corumbá, da rede municipal de ensino.

Segundo a SED, a Escola Estadual Marçal de Souza Tupã-Y, no Jardim Los Angeles, receberá a PM. Já a Escola Estadual Alberto Elpídio Ferreira Dias, no Jardim Anache, terá apoio de bombeiros. Representantes da pasta e das corporações já começaram a discutir como funcionarão as unidades.

“Ainda vamos definir qual será nosso papel, mas é certo que vamos contribuir na hierarquia, disciplina e cidadania”, disse o comandante-geral da PM, coronel Waldir Acosta.

Assim como a PM, os bombeiros devem contribuir apenas em matérias extracurriculares. “Haverá um processo de seleção ainda, mas teremos monitores nas salas apoiando os professores”, frisou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Joilson Amaral.

A gestão das escolas ficará a cargo da SED, diferentemente de uma instituição militar. “Em um colégio militar, o mantenedor, aquele que paga as despesas, é a instituição militar, como o Exército. Nessas escolas, a SED assumirá esse papel. A direção, a coordenação e os professores serão profissionais da educação”, explicou o superintendente de Políticas Educacionais da SED, Hélio Daher.

As disciplinas do currículo comum, como Língua Portuguesa e Matemática, serão mantidas e ministradas por professores civis. Os militares vão contribuir em outras atividades. “Estamos discutindo como será o regimento e o projeto político-pedagógico dessas escolas. Não vai ter supressão de matérias, apenas adição”, disse Daher.

A escola do Jardim Anache, que ainda está em construção na área do projeto Cidade dos Meninos, funcionará em tempo integral. Já a unidade do Los Angeles funcionará apenas nos turnos matutino e vespertino. Os uniformes devem mudar, mas o superintendente garantiu que os alunos não usarão fardas, já que é regra do Pecim e também o custo é impeditivo.

A maioria dos professores da escola Marçal de Souza deve continuar atuando no local. “O diretor consultou os professores e a maioria deve continuar. Quem quiser dar aulas nessas escolas terá que pedir remoção, que é o procedimento normal”, afirmou Daher.

A matrícula nessas escolas não terá diferença, ou seja, os candidatos vão concorrer no processo seletivo com todas as unidades da Capital, como já ocorre. A Matrícula Digital será aberta nas próximas semanas, segundo a SED.

Programa 

Anunciado no dia 5 de setembro, o Pecim deve implementar mudanças em 216 colégios até 2023, começando com 54 em 2020. O modelo será levado para regiões que apresentam situações de vulnerabilidade social e baixos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

No último dia para estados e interessados se inscreverem no programa, o governo do Estado anunciou a indicação das duas escolas da Capital. A SED realizou consulta pública nos dois bairros, tendo 93% de aprovação no Anache e quase 80% nos Los Angeles.

Em 2020, a pasta destinará R$ 54 milhões para estados e municípios se adaptarem ao Pecim, sendo R$ 1 milhão por instituição de ensino – em dois modelos. Em um, de disponibilização de pessoal, o MEC repassará R$ 28 milhões para o Ministério da Defesa arcar com os pagamentos dos militares da reserva das Forças Armadas. Os outros R$ 26 milhões vão para a administração local aplicar nas infraestruturas das unidades com materiais escolares e pequenas reformas. 

Para a seleção, o MEC levou em conta critérios como a escola inscrita estar na capital do estado ou pertencer à região metropolitana, na faixa de fronteira, e a faixa populacional. Logo no lançamento, o governo abriu prazo para os estados manifestarem interesse. Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e outros 14 estados aderiram. Depois, foi a vez dos municípios, e mais de 600 cidades pediram para participar – incluindo Corumbá.

Em Chapadão do Sul, PM já atua em escola

A Polícia Militar (PM) já tem projeto próprio em Mato Grosso do Sul semelhante ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). A Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade, em Chapadão do Sul, a 336 quilômetros de Campo Grande, aderiu ao Projeto Atalaia. A gestão da unidade tem a mesma hierarquia do programa federal, compartilhamento entre a Secretaria Municipal de Educação e a PM.

Coordenador militar da escola, o capitão Andrew Nascimento explicou que os alunos têm aulas comuns, com professores civis, e recebem orientação dos militares à tarde. “Há oficinas, aulas de civismo, noções de trânsito, de primeiros-socorros, de combate às drogas. E fazemos visitas ao quartel da PM e dos bombeiros”, detalhou.

O uniforme é diferente, e os alunos devem seguir algumas regras, como de corte de cabelo, e são acompanhados diretamente por ambas as equipes. A partir dos ensinamentos dos policiais, a disciplina na sala funciona. Assim que o professor entra, o líder da turma pede que todos se levantem e cumprimentem o profissional, em seguida, o líder relata os ausentes.

“Os professores viram que as regras aumentaram a concentração. Em casa, os pais notaram que há mais respeito”, explicou Nascimento. 

 

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