Esse segundo ato, é extremamente desrespeitoso à medida que muitos que trabalharam, perderam noites, alimentaram-se de forma precária, queimaram seus dedos com cola quente, para que o show que foi apresentado na avenida pudesse acontecer com brilho; necessitam, hoje, utilizar de inúmeros artifícios para cobrar pelo trabalho prestado.
Uma categoria que hoje, grita cobrando seus dividendos, e acima de tudo respeito, são as costureiras, pois corre um zun....zun...zun.... que algumas ainda não receberam o que foi combinado.
O enredo dos CALOTES pós-carnaval, já virou Hors Concours, pois todos os anos premiam as costureiras, aderecistas, como também os criadores do grande espetáculo - os Carnavalescos, com a sua indesejável presença.
É importante, que o Carnaval, por ser um grande espetáculo, que se consolida como elo perpetuador de nossa cultura e turismo, não deixe ranços que possam macular a imagem e a vontade de se fazer carnaval, por parte daqueles que efetivamente labutam para que a Escolas de Samba ou Blocos possam desfilar.
Todavia, é necessário maior rigor e fiscalização sobre os recursos públicos repassados à entidade que representa as agremiações, e essa por sua vez, maior controle sobre o que repassa às suas filiadas.
Além de repassar os recursos é necessário saber em que cada agremiação vai gastar, por isso existem os Planos de Trabalho, no qual cada uma deve declarar antes de receber, onde vai gastar.
Partindo desse principio e baseado em exemplos de convênios assinados com outras entidades e com outras finalidades, podemos ilustrar: 50 % com matérias (galão, tecidos, acetatos, espelho, etc), 40 % com recursos humanos (costureiras, aderecistas, escultores, marceneiros, serralheiros, etc) e 10% necessidades extras.
Bem sabemos que os recursos dos convênios, são insuficientes para construir e quitar todas as despesas de um carnaval, porém é necessário construir um norte para que a presença do calote, pós-carnaval, não suje a imagem dessa grande festa.
Assim, planejamento é o primeiro passo, bem como deixar as claras onde e no que usará os devidos recursos. E o principal, lembrar sempre que o suor alheio tem preço e é sagrado!