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Saúde

Projeto-piloto usa os próprios mosquitos para combater a dengue em MS

17 março 2025 - 08h42Redação do Capital do Pantanal

Um projeto-piloto considerado inovador no controle do Aedes aegypti está sendo implantado pela Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul, em parceria com a Fiocruz e o Ministério da Saúde. O município de Três Lagoas foi escolhido como o local teste da iniciativa que prevê a instalação de estações disseminadoras de biolarvicida, que utiliza os próprios mosquitos para espalhar o produto em criadouros de difícil acesso. A estratégia é como um "cavalo de Troia", que se insere no campo inimigo de maneira desapercebida. 

De acordo com esclarecimentos de Mauro Lúcio Rosário, coordenador estadual de controle de vetores, a estação disseminadora nada mais é que um pote transparente com tecido preto impregnado com o biolarvicida. Quando o mosquito pousa no recipiente, ele entra em contato com o produto e transporta as partículas para outros locais de reprodução do vetor. Dessa forma, reservatórios que não são identificados em visitas domiciliares também recebem o biolarvicida, eliminando as fases imaturas do inseto.

"O mosquito tem a capacidade de levar o biolarvicida para recipientes em um raio de 150 a 300 metros. Isso potencializa o combate à dengue, pois conseguimos atingir criadouros que muitas vezes estão fora do alcance dos agentes de saúde", explicou Rosário. A proposta é que o projeto complemente as estratégias já existentes de controle vetorial, reforçando a importância da eliminação de criadouros.

O funcionamento da estação disseminadora segue um ciclo natural do Aedes aegypti. A fêmea do mosquito, ao buscar locais para depositar ovos, entra em contato com o larvicida e o transporta para outros recipientes. Como uma única fêmea pode colocar ovos em mais de 20 locais dentro de um raio de 300 metros, a tecnologia aumenta significativamente a cobertura do produto, tornando o controle mais eficaz.

Com o início das operações em Três Lagoas, a expectativa é de que, caso os resultados sejam positivos, o projeto seja expandido para outros municípios do estado. "Temos certeza de que essa será uma ferramenta essencial para melhorar o controle do mosquito e reduzir a incidência da dengue em Mato Grosso do Sul", adianta o coordenador.

“A implementação das estações disseminadoras de biolarvicida representa um avanço importante no combate à dengue. Essa tecnologia inovadora permite que o próprio mosquito espalhe o larvicida, atingindo criadouros de difícil acesso e ampliando significativamente a cobertura do controle vetorial. Espera-se uma experiência positiva, pois potencializa as ações já existentes no estado de Mato Grosso do Sul, pioneiro em muitas estratégias de combate as Arboviroses, reduzindo a população do Aedes aegypti de forma eficiente e sustentável", explica a enfermeira Especialista em Serviços de Saúde e técnica da Gerência de Doenças Endêmicas da Vigilância Epidemiológica Estadual da SES, Bianca Modafari Godoy.

"Além disso, ao eliminar as fases imaturas do mosquito, contribuímos para a diminuição da transmissão da doença. Destaca-se ainda experiência positivas da implementação nas cidades de Belo Horizonte e Recife, bem como pesquisas publicadas na Revista de Saúde Pública corroboram para a mesma efetividade. Com resultados promissores, essa estratégia tem grande potencial para ser expandida e beneficiar ainda mais municípios”, finaliza. *Com informações da SES-MS

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