O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) acionou associações e comerciantes para aumentar a atenção na compra e venda de bebidas alcoólicas, após a primeira morte suspeita por ingestão de metanol no estado, envolvendo um jovem de 21 anos em Campo Grande.
O Promotor de Justiça Luiz Eduardo Lemos de Almeida, que coordena o Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon), explica que a medida é preventiva. “Já havia um alerta nacional e agora temos, em Campo Grande, uma suspeita de óbito por ingestão de bebida com metanol. A Delegacia do Consumidor esteve no hospital, recolheu o frasco da bebida e o material foi encaminhado para perícia. Nosso objetivo é prospectivo: evitar novos danos antes que mais tragédias ocorram”, afirmou.
A recomendação do MPMS destaca que a responsabilidade inicial é do fabricante e do distribuidor, mas o comerciante pode ser responsabilizado caso não seja possível comprovar a origem legal da bebida.
Na sexta-feira (3), o Promotor se reuniu com a Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (Amas) e a Refriko para entregar a orientação que pede maior rigor na rastreabilidade: só comprar de fornecedores com nota fiscal eletrônica, conferir códigos no site da Secretaria de Fazenda e checar rótulos e lacres.
Denyson Prado, presidente da Amas, disse que a associação já discute formas de conscientizar os associados, enquanto o superintendente Yuri Miranda afirmou que as orientações estão sendo repassadas aos mais de 230 supermercados vinculados.
“Queremos preservar o bom comerciante e evitar que o produto adulterado chegue ao consumidor. A recomendação é clara: somente a compra segura, com documentação fiscal e controle rígido, garante proteção para o comerciante e para a sociedade”, reforçou o Promotor.
Também participaram da reunião o assessor jurídico da Amas, João Luiz Rosa Marques; José Antônio Avesani Junior, diretor comercial da Refriko; e o gerente de vendas Nixon Silva Alexandre.
1ª morte em MS
O jovem de 21 anos chegou consciente à UPA do Universitário, com mal-estar gástrico, náuseas e vômitos de líquido escuro. Amostras de sangue e urina foram enviadas ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) para perícia.
O MPMS alerta que a população deve conferir a procedência das bebidas e denunciar qualquer suspeita à Ouvidoria, pelo site https://ouvidoria.mpms.mp.br ou pelo telefone 127.*Com informações da Assessoria de Comunicação do MPMS.
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Promotor Luiz Eduardo se reúne com Amas e Refriko para orientar sobre cuidados na venda de bebidas alcoólicas. (Foto: Decom)

