Saleth Fernandes Soares, de 62 anos, e seu esposo, Rubens Marinho, são corumbaenses, porém residem em Campo Grande. Na capital do Estado, o casal mora em frente ao Parque Ayrton Senna, no Conjunto Aero Rancho, onde no dia 28 de outubro, Saleth fraturou o braço numa queda durante sua caminhada na quadra coberta. Desde então, os dois iniciaram uma verdadeira peregrinação por atendimento na saúde de Campo Grande.
Ao Capital do Pantanal, Rubens Marinho declara que a queda da esposa no Parque Ayrton Senna foi provocada pela falta de manutenção no local.
"Naquele dia ela foi caminhar dentro da quadra coberta porque havia garoado, mas a quadra está com vários problemas devido a falta de manutenção, ela tropeçou em um dos desníveis, caiu e quebrou o braço. A situação em Campo Grande está complicada, não bastam os buracos nas ruas, os parques também estão mal cuidados", disse Rubens.
Cidade grande, com muito mais recursos, para onde casos de complexidade do interior do estado são enviados, Campo Grande não conseguiu atender com celeridade Saleth Fernandes. Ela foi em consultas e o médico da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) à encaminhou para o setor de Traumas da Santa Casa, onde em cirurgia colocaria placa e pinos. Após esperar por 11 dias, com dores e movimentos limitados, o casal recebeu a notícia de que as cirurgias eletivas estavam suspensas, sem previsão de retorno. Eles então decidiram fazer o inverso do que comumente acontece, retornaram para Corumbá em busca de atendimento na saúde municipal.
"Esperamos por dias a ligação do hospital, até que recebemos uma mensagem dizendo que as consultas da ortopedia da Santa Casa foram suspensas por paralisação dos serviços médicos. No aviso informava que não tinha previsão de retorno, foi quando tivemos a iniciativa de buscar ajuda em Corumbá", relata.
Rubens explica que em poucos dias em Corumbá, a esposa conseguiu atendimento. Na manhã desta quarta-feira (12), Salete passou por consulta com o médico Dr. Rafael Faro, que imediatamente encaminhou a paciente para raio-x e ressonância. Os exames de imagem foram realizados com urgência.
Ao analisar as imagens da ressonância e realizar testes, Dr. Faro concluiu que devido o tempo de espera após o acidente, o osso fraturado já havia 'colado'. Sendo assim, a cirurgia já não era mais recomendada, ele receitou sessões de fisioterapia que serão realizadas ao longo da semana para uma seguinte reavaliação.
"Ficamos muito felizes e satisfeitos com o atendimento que recebemos na saúde de Corumbá, o médico foi muito atencioso e nos explicou tudo com muito cuidado e tranquilidade. Só tenho à agradecer ao prefeito dr. Gabriel por estar cuidando da saúde do município, porque em Campo Grande está um caos".
Além do caso da dona Saleth, o Capital do Pantanal acompanha a situação de uma outra paciente, Elisabete Moreira da Silva, moradora do bairro Centro América, vítima de infarto sofrido há sete meses, que aguarda em casa a transferência para Campo Grande. De acordo com familiares, o cardiologista de Corumbá a encaminhou com urgência para fazer o procedimento de cateterismo, porém a regulação da Capital afirma que a urgência do caso é determinada pelos médicos de Campo Grande e não pelos de Corumbá. Sendo assim, Elisabete tem vivido sobre uma cama, de onde mal consegue se levantar, à não ser para ir ao banheiro.
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Saleth sofreu fratura no braço e aguardava atendimento na capital por mais de 10 dias. (Foto: Arquivo Pessoal)

