A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (7), a segunda fase da Operação Prometeu, que tem por objetivo desarticular um grupo criminoso que ocupa e explora ilegalmente terras da União, utilizando servidores públicos para a regularização fraudulenta das áreas.
Na primeira fase, a operação apurou crimes de incêndio e desmatamento e, revelou que as queimadas eram a etapa inicial de um esquema de grilagem. As investigações posteriores identificaram que servidores do INCRA e de um órgão municipal estariam emitindo documentos para legalizar as áreas invadidas, mediante pagamento.
Nesta segunda fase, deflagrada hoje (7) pela PF, sete endereços estão sendo alvo de mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal. Além disso, duas fazendas, com 6.419,72 hectares, que já foram visitadas pelos policiais federais na primeira fase, agora são alvos de mandados de sequestro. Outras três fazendas e dois lotes, com mais 2.067,78 hectares, também foram identificados como objeto de fraudes pelo grupo criminoso.
A PF afirma que os investigados criaram empresas de fachada para oferecer serviços de regularização fundiária de grandes áreas de terras para pessoas que sabiam não ter direito aos títulos. O grupo atuava criminalmente, junto com servidores de órgãos públicos, qe recebiam dinheiro para regularização ilícita das áreas.
Com base nos elementos colhidos pela PF, a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou o bloqueio de R$ 212 milhões do patrimônio dos investigados e uma condenação de R$ 725 milhões por danos. Quatro servidores, sendo três deles de órgão fundiário do município de Corumbá e um do Incra, tiveram suas funções públicas suspensas pela justiça.
Os investigados poderão responder pelos crimes de incêndio, desmatamento, grilagem de terra, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e também por associação criminosa.
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PF cumpre sete mandados de busca e apreensão, além do sequestro de duas fazendas na região de Corumbá. (Foto: Divulgação/PF)

