Segundo informações da mídia estatal da Bolívia, as Forças Armadas aderiram ao Plano Escudo de Ferro da Polícia Boliviana para impedir a entrada de membros de organizações criminosas transnacionais vindas do Brasil.
A medida foi adotada após recomendações do relatório da inteligência policial da Bolívia, que apontou uma aliança entre os criminosos Yasser Andrés 'Coco' Vásquez Cardona e Sebastián Marset, líderes de organizações dedicadas ao narcotráfico, com o Primeiro Comando da Capital (PCC) do Brasil. Eles estariam atuando juntos na disputa pelo controle das rotas e do território com outras organizações.
O vice-ministro do Interior e da Polícia, Jhonny Aguilera, indicou que os agentes foram destacados para a zona do rio Mamoré, no departamento de Beni, para efetuar as verificações.
“O Presidente do Estado (Luis Arce) determinou o destacamento de 40 policiais de uma unidade fixa (da Polícia) para o local, justamente para controlar o Rio Mamoré com as Forças Armadas, neste caso com a Marinha, e impedir que qualquer cidadão resultante de atividades criminosas tente sair do Brasil e entrar em nosso território”, declarou a autoridade nacional.
Aguilera acrescentou ainda que o reforço policial está concentrado nas fronteiras norte, central e sul.
Equipes de segurança estão em Cobija, na Ponte da Amizade, que liga o país ao Brasil, no Rio Mamoré, e em Puerto Suárez e Puerto Quijarro, em Santa Cruz.
“É claro que os 3.423 quilômetros de fronteira que temos com o país vizinho significam que esse controle emprega outras estratégias, outras técnicas”, disse ele.
A partir dessa linha, foram aplicados pontos de controle móveis nas rotas que interligam esses locais de fronteira com as capitais dos departamentos de Beni, Pando e Santa Cruz.
Há alguns dias, em entrevista ao EL DEBER, Aguilera destacou que esse destacamento policial nessas três áreas fronteiriças com o Brasil inclui, sem revelar um número oficial, agentes de outras capitais.
Portanto, em decorrência desse controle de fronteira, a Polícia Boliviana capturou e entregou às autoridades brasileiras um homem identificado como Ocian Brito Luna, foragido com 18 processos judiciais em seu país.
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As forças armadas estão posicionadas na região do rio Mamoré. (Foto: ABI)


