Polícia

Brasileiros presos com fuzis AK-47 na Bolívia são entregues à Polícia Federal

27 DEZ 2025 • POR Danielly Carvalho • 10h13
Extraditados após apreensão de armamento em Santa Cruz, suspeitos seguem à disposição da Justiça. - Foto: Jornal El Deber

Dois brasileiros foram extraditados da Bolívia e entregues à Polícia Federal em Corumbá nesta sexta-feira (26), após serem flagrados transportando fuzis AK-47 de uso restrito em território boliviano. A transferência encerra a fase internacional da investigação, iniciada com a apreensão das armas.

A prisão ocorreu em uma operação da Diprove (Direção de Prevenção e Investigação de Roubo de Veículos), nas proximidades do acesso à região do Urubó, no departamento de Santa Cruz, próximo a um posto de combustíveis. O veículo em que estavam os suspeitos foi parado durante uma fiscalização de rotina.

Durante a revista, a polícia encontrou fuzis AK-47, carregadores, munições, rádios de comunicação e celulares. Segundo as autoridades bolivianas, os equipamentos estariam ligados a atividades criminosas. As armas são de uso restrito, destinadas a forças militares e policiais.

Conforme o coronel Jhenky David Gómez Córdova, os suspeitos tentaram fugir ao perceber a abordagem, dando início a uma perseguição, mas foram contidos pelas equipes da Diprove. Um segundo carro com brasileiros teria tentado resgatá-los, mas conseguiu escapar.

O caso foi assumido pelo Grupo Especial Delta e pela Força Especial de Combate ao Crime (Felcc), que manteve os detidos e o arsenal sob custódia enquanto as investigações avançavam. As buscas também foram estendidas para localizar os suspeitos foragidos.

Inicialmente, os brasileiros ficaram em celas da Felcc em Santa Cruz de la Sierra, à disposição do Ministério Público boliviano, que investigava porte e transporte ilegal de armas de guerra, além de possível associação criminosa.

A apreensão gerou alerta de segurança na região metropolitana de Santa Cruz, e as autoridades bolivianas não descartam conexão com redes criminosas transnacionais de tráfico de armas. Após os trâmites judiciais e diplomáticos, os detidos foram entregues à Polícia Federal em Corumbá, onde permanecem à disposição da Justiça brasileira.*Com informações do jornal El Deber.

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