Natureza

IHP apresenta curso de conservação e debate crimes ambientais em Brasília

19 DEZ 2025 • POR Danielly Carvalho • 10h29
Workshop do Programa Protetor reuniu especialistas e policiais para capacitar ações nos biomas. - Foto: Divulgação

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP) marcou presença no Workshop do Programa Protetor, promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em Brasília (DF), nos dias 16 e 17 de dezembro. A instituição trouxe uma palestra sobre capacitação especializada para aprimorar a conservação de biomas brasileiros.

Em parceria com o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, o IHP oferece a especialização em Estratégias de Conservação da Natureza, com duração de dois anos e certificação federal. Policiais militares ambientais e profissionais civis de Corumbá e Ladário participam da turma atual.

O diretor-presidente do IHP, Angelo Rabelo, conduziu a palestra e destacou os resultados da especialização. “Precisamos potencializar a mobilização que temos nos Estados para avançar em um trabalho mais especializado na conservação dos diferentes biomas”, afirmou. Cada aluno precisa apresentar uma proposta de trabalho aplicada a um dos biomas brasileiros.

O debate ocorreu em um momento de novas estratégias do governo federal para enfrentar o crime organizado e delitos ambientais. Segundo balanço do Programa Protetor de 2025, as ações geraram prejuízos de mais de R$ 4 bilhões ao crime, com investimentos de R$ 112 milhões e execução superior a 97%.

O workshop reuniu cerca de 70 profissionais de forças de segurança e órgãos ambientais de 17 estados e do Distrito Federal, focando nos biomas Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal e Pampa. Além do impacto financeiro, as ações incluem fiscalizações, combate a incêndios, apreensão de armas e produtos ilegais, enfrentamento ao desmatamento e crimes ambientais diversos.

O evento também discutiu desafios logísticos, aprimoramento de protocolos interagências e uso de tecnologias de monitoramento e inteligência. Essas informações vão subsidiar o Planejamento Integrado 2026, alinhado às diretrizes do MJSP para o combate qualificado aos crimes ambientais.

Rodney da Silva, diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp, ressaltou a complexidade do enfrentamento aos crimes ambientais e a importância de ampliar a coordenação nacional. “Prevenir e combater crimes ambientais é uma atividade complexa, sobretudo em um País com seis biomas e múltiplas dinâmicas criminosas. Por isso, vamos buscar a implementação de uma Rede Nacional de Proteção Ambiental Integrada”, afirmou.

A Rede Nacional de Proteção Ambiental Integrada deve ser estruturada a partir de 2026, coordenando ações de órgãos federais, estaduais e municipais na prevenção e repressão a crimes ambientais, fortalecendo governança e eficiência operacional.

O workshop também marcou a primeira reunião nacional de profissionais das Polícias Militares Ambientais e Corpos de Bombeiros dos biomas Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal e Pampa. Em 2025, a Operação Protetor dos Biomas apoiou ações experimentais de combate a incêndios em estados como Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Sergipe e Piauí, com resultados apresentados no evento.

O curso de especialização tem 400 horas, mais 60 horas de TCC, em formato EaD via plataforma Moodle, com disciplina presencial obrigatória prevista para o próximo ano. A turma 2023-2024 concluiu a etapa final com uma imersão pelo Pantanal, navegando pelo rio Paraguai por uma semana, em novembro de 2024.

Alunos formados atuam em diversos estados, incluindo Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo, Roraima, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rondônia, Amazonas, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Ceará, Acre e Distrito Federal.*Com informações da assessoria do Instituto Homem Pantaneiro (IHP).

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