Polícia

Família de líder do TCP é detida ao tentar chegar à fronteira em MS

9 DEZ 2025 • POR Danielly Carvalho • 15h52
Grupo foi flagrado com malas cheias de joias personalizadas que faziam referência ao traficante carioca. - Foto: Divulgação/PRF

Equipes da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Civil prenderam, nesta segunda-feira (8), familiares de Álvaro Malaquias Santa Rosa, o “Peixão”, um dos nomes mais procurados do tráfico no Rio de Janeiro. A abordagem ocorreu na BR-262, em Campo Grande, quando o grupo seguia para Corumbá, porta de entrada para a Bolívia.

A operação foi acionada após a Polícia Civil do Rio informar que dois veículos estavam a caminho da fronteira possivelmente com o próprio Peixão a bordo. Os agentes interceptaram os carros ainda na saída da capital sul-mato-grossense. Os motoristas relataram que haviam sido contratados no Rio para levar os passageiros até Corumbá e que a viagem começou após uma pernoite na capital fluminense.

Nos veículos estavam a esposa do traficante, três filhos e um sobrinho. Peixão, porém, não foi localizado. Durante a vistoria, os policiais encontraram malas com joias personalizadas que faziam referência ao líder do TCP, além de relógios de alto valor.

Álvaro “Peixão”, líder do TCP, é conhecido pelo perfil violento e domínio de comunidades cariocas. Foto: Divulgação/PRF 

O sobrinho assumiu a propriedade dos objetos. Ele e a esposa de Peixão foram detidos por suspeita de lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Prestaram depoimento na sede da Polícia Federal e, em seguida, foram liberados.

Conhecido também como Mano Arão, Peixão acumula mais de 70 anotações criminais e nunca foi preso. Ele é apontado como responsável por instaurar o chamado “Complexo de Israel”, conjunto de cinco comunidades dominadas pelo grupo armado: Vigário Geral, Parada de Lucas, Cidade Alta, Pica-Pau e Cinco Bocas, área onde, segundo investigações, circulam cerca de 200 fuzis.

A atuação do traficante inclui ordens de homicídio, cobrança de taxas de comerciantes e episódios de intolerância religiosa. Moradores o acusam de impor regras como proibição do uso de branco e de destruir terreiros nas regiões sob seu domínio.*Com informações do Campo Grande News.

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