Educação

Ação no Cristo Redentor alerta sobre os riscos da internet para menores

25 AGO 2025 • POR Gesiane S. Lourenço • 10h48
Cerca de 150 pessoas foram abordadas durante a ação no bairro. - Foto: Divulgação

Realizado no sábado, 24 de agosto, o projeto "Quebrando o Silêncio", da igreja Adventista do Sétimo Dia de Corumbá, abordou cerca de 150 pessoas no bairro Cristo Redentor, na parte alta do município, para alertar sobre os riscos ocultos da internet para crianças e adolescentes. 

O programa existe desde 2002 e é realizado anualmente para conscientizar as pessoas contra os crimes de violência e abuso com foco nas mulheres, crianças e adolescentes. Além do Brasil, outros países como como Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai também participam da causa. Em Mato Grosso do Sul, o projeto foi integrado ao calendário oficial de eventos por meio da Lei Estadual  nº 6.418/2025, de autoria da deputada estadual Lia Nogueira. O objetivo é sensibilizar a população, promover a conscientização e incentivar a denúncia de casos de violência. 

Materiais explicativos com orientações foram entregues à população. Foto: Divulgação

Casos de abusos sexuais são assuntos delicados e muitos terminam sendo escondidos pelas vítimas, seja por vergonha, ameaça ou receio de julgamentos. Durante o evento, mães do bairro relataram situações em que seus filhos sofreram ameaças de criminosos ao postarem fotos íntimas nas redes sociais. 

Ao Capital do Pantanal, Naraline Martins, representante do projeto em Corumbá, disse que "muitas das pessoas abordadas compartilharam experiências pessoais envolvendo situações de abuso, violência e coerção. Foram momentos muito fortes para todos nós envolvidos na ação", relata.

Os participantes receberam revistas, de acordo com a faixa etária, com conteúdos específicos e direcionados para crianças, adolescentes e adultos. Advogados voluntários prestaram orientações práticas e jurídicas sobre como proceder em casos de abuso. O Disque 100, principal ferramenta para denúncias, foi apresentado como um espaço de acolhimento e justiça para as vítimas.

Jovens Adventistas aderiram ao projeto. Foto: Divulgação

A organização do evento acredita que bairros menores, como é o caso do Cristo Redentor, são pouco priorizados em grandes ações e, por isso, decidiram valorizar a comunidade com a edição deste ano. Além disso, o grande número de crianças e adolescentes na região também foi ponto crucial para a escolha. Naraline pontua que não serás apena uma ação pontual, o projeto terá continuidade no bairro, com atividades de apoio e conscientização junto à população. 

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