Conferência em Corumbá reforça protagonismo feminino nas políticas públicas

Corumbá sedia, nesta segunda-feira, 28 de julho, a 5ª Conferência Regional de Políticas para as Mulheres. A abertura, no Centro de Convenções, contou com a presença do prefeito Dr. Gabriel e da vice-prefeita e secretária municipal de Assistência Social e Cidadania, Bia Cavassa, além de lideranças de Ladário, Miranda, Aquidauana e Anastácio.

Com o tema “Mais Democracia, Mais Igualdade e Mais Conquistas para Todas”, a conferência integra a etapa regional do processo que culminará na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, convocada pelo Ministério das Mulheres.

O prefeito Dr. Gabriel destacou que a pauta feminina é prioridade da atual gestão. Também reforçou o compromisso da Prefeitura com o avanço das políticas públicas para mulheres. “Temos consciência de que avançar nas políticas para as mulheres não é um favor, é uma obrigação institucional. E deixo aqui um compromisso: enquanto estivermos à frente da Prefeitura de Corumbá, a pauta da mulher será prioridade, política de Estado e não bandeira temporária”, afirmou.

Ele disse que, embora haja avanços, ainda é necessário ampliar o enfrentamento às desigualdades. “Não há democracia verdadeira enquanto mulheres vivem com medo dentro de suas próprias casas. Proteger, valorizar e empoderar mulheres é proteger toda a sociedade”, disse o chefe do Executivo corumbaense.

Bia Cavassa, vice-prefeita, considera a conferência um marco regional. Foto: Ayrton Benites/PMC

A vice-prefeita Bia Cavassa, que também responde pela pasta de Assistência Social e Cidadania, sublinhou a importância da conferência como marco regional. “As mulheres do Pantanal têm voz, têm vez e exigem ser prioridade nas políticas públicas. Este encontro reafirma nossa responsabilidade coletiva em ampliar proteção, combater desigualdades e garantir autonomia”, disse. “É por elas que estamos aqui, inclusive por aquelas que não conseguiram chegar até esta conferência, mas que precisam ser alcançadas pelas decisões que tomaremos”, afirmou.

A conferência debate seis eixos temáticos: participação social e democracia; enfrentamento às violências de gênero; autonomia econômica e trabalho; saúde integral e direitos sexuais e reprodutivos; educação para igualdade e cultura de paz; e justiça climática. As discussões tiveram como foco a elaboração de diagnósticos sobre a realidade das mulheres da região e a definição de propostas que serão levadas à conferência estadual.

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e gerente de Políticas Públicas para as Mulheres, Wânia Alecrim de Lima, frisou a escuta ativa como instrumento de transformação. “Este é um momento histórico. Ouvimos mulheres de todos os territórios e agora temos o dever de transformar essas vozes em propostas concretas”, afirmou.

Também participou da abertura da conferência o prefeito de Ladário, Munir Sadeq Ramunieh, que defendeu a articulação regional. “Ladário e Corumbá não são apenas cidades-irmãs. São vizinhas interligadas. Precisamos discutir, construir, somar forças”, disse. A vereadora corumbaense Nanah Cordeiro, presidente da Procuradoria da Mulher na Câmara, e a conselheira estadual dos Direitos das Mulheres, Cátia Xavier Farias, reforçaram a necessidade de ampliar a presença feminina nos espaços de poder.

Ao final do encontro, previsto para a tarde de hoje, serão eleitas as delegadas que representarão a região na etapa estadual da conferência, marcada para o final de agosto, em Campo Grande.

Debates e eixos temáticos

Coordenado pela Superintendência de Políticas Públicas e realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, o encontro discutiu seis eixos temáticos:

• Participação social e democracia – fortalecimento da presença feminina nos espaços de decisão política;
• Enfrentamento às violências de gênero – estratégias contra todas as formas de violência, incluindo o feminicídio;
• Autonomia econômica e trabalho – acesso ao emprego digno, renda e empreendedorismo;
• Saúde integral, direitos sexuais e reprodutivos – garantia de atendimento humanizado e inclusivo;
• Educação para igualdade de gênero e cultura de paz – combate a estereótipos e promoção da equidade nas escolas;
• Mulheres e justiça climática – sustentabilidade, defesa do meio ambiente e direitos territoriais.

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