Polícia

PF cumpre mandados em MS e mais quatro estados contra superfaturamento em contratos de veículos

Dois servidores públicos foram afastados por suspeita de envolvimento no esquema

23 JUL 2025 • POR Gesiane S. Lourenço • 09h13
A Operação Portare investiga contratos de licitação firmados com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI-Cuiabá). - Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta quarta-feira, 23 de julho, a operação Portare, com o objetivo de combater a corrupção em contratos de licitação firmados com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI-Cuiabá). Mandados estão sendo cumpridos em Campo Grande/MS, Cuiabá/MT, Várzea Grande/MT, Rondonópolis/MT, Brasília/DF, Rio de Janeiro/RJ e Boa Vista/RR.

Além do cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foi deferida medida de sequestro de bens de 10 envolvidos, que somadas perfazem a quantia de cerca de R$ 20 milhões. Dois servidores públicos foram afastados dos seus cargos.

A investigação teve início a partir de denúncias anônimas que indicavam a inexecução contratual, com indícios de superfaturamento no contrato de fornecimento de veículos para o DSEI-Cuiabá. A contratação emergencial aconteceu nos anos de 2023 e 2024, inclusive com informações de favorecimento da contratada, fraudes e acertos prévios entre agentes públicos e particulares.

O prejuízo ao erário identificado atinge o valor de R$ 1,3 milhão, além do pagamento de vantagem indevida a servidores e outras irregularidades.

No decorrer da apuração, a Polícia Federal também identificou que alguns servidores do DSEI-Cuiabá recebiam vantagem indevida de particulares, para que favorecessem suas empresas nas contratações junto ao órgão.

Em licitação homologada em 2025 para a contratação de serviços de locação de veículos, cujo principal item foi vencido com proposta de R$ 25 milhões, apurou-se novos indícios de irregularidades.

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