Curiosidade: entenda como acontece a escolha do novo papa
21 ABR 2025 • POR Gesiane S. Lourenço com Uninassau • 09h33Enquanto o mundo vive o luto do papa Francisco, que faleceu aos 88 anos, na madrugada desta segunda-feira, 21 de abril, decorrente de uma forte pneumonia, que chegou a lhe deixar internado por 40 dias, curiosidades a respeito do processo de escolha do novo papa surgem naturalmente.
Um novo papa será escolhido por meio de uma eleição que reúne 120 cardeais com direito a voto, seguindo um meticuloso procedimento em três fases. A etapa inicial é o pré-escrutínio, onde as escolhas são registradas. Em seguida, ocorre o escrutínio, no qual os votos são efetivamente depositados e divulgados. Por último, na fase do pós-escrutínio, realiza-se a contagem, a análise e a queima dos votos.
“A principal expectativa em relação a um novo papa eleito é, justamente, conhecer o seu perfil e estilo. A pergunta que se faz, entre outras, é se o estilo do anterior vai se manter ou se ocorrerão mudanças bruscas em relação ao passado. A Igreja, cada vez mais, precisa lidar com questões delicadas, pois todo novo papa é uma oportunidade de refazer o diálogo entre a sociedade e o mundo religioso”, afirma Gabriel Marquim, professor do curso de Comunicação Social da UNINASSAU Graças e Doutor em Ciências da Religião.
Acompanhados pelo secretário responsável por supervisionar toda a assembleia, os cardeais permanecem isolados na área de votação. “A eleição de um papa, em si, não sofre interferência da tecnologia. Na verdade, há uma enorme proteção de dados para os cardeais não definirem seu voto pelas correntes da opinião pública. Isso não significa, é claro, que eles não sejam influenciados”, explica o especialista.
Após cada reunião, os cardeais ficam vigilantes diante da chaminé da Capela Sistina. São necessários dois terços deles para a eleição do pontífice. A fumaça preta sinaliza que o novo papa ainda não foi selecionado. Já a fumaça branca indica a escolha do líder da Igreja. Nesse momento, o cardeal protodiácono se dirige à varanda da Basílica de São Pedro para divulgar o nome.
Este momento marca o fim do processo de seleção e a entrada de um novo pontífice no Vaticano. “O papa, ainda hoje, pode mobilizar milhões de pessoas, tendo em vista o tamanho de fiéis da Igreja Católica. Há também a possibilidade dele mobilizar outras religiões e, até mesmo, pessoas sem convicção religiosa. Ou seja, essa eleição continua sendo um evento relevante em nosso mundo”, afirma.
A cerimônia é um rito simbólico que transmite a continuidade da Igreja Católica sob a liderança do novo papa. Dessa forma, esse procedimento une tradição, espiritualidade e um estrito sigilo.
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