Polícia

Homem que manteve companheira em cárcere privado é preso em Campo Grande

Mulher era vigiada por câmeras, sofria ameaças e vivia isolada; denúncia anônima levou à prisão

16 ABR 2025 • POR Danielly Carvalho • 11h43
Arma e sistema de vigilância usados pelo agressor foram apreendidos pela polícia durante a operação. - Foto: Polícia Civil

Um homem de 42 anos, identificado pelas iniciais A.K.G.L., foi preso por manter sua companheira, de 37 anos, em cárcere privado, além de ameaçar matar a vítima e seus familiares caso a situação fosse denunciada. O caso ocorreu no bairro Jardim Colibri, em Campo Grande, onde a mulher vivia sob constante vigilância, impedida de sair de casa, usar o celular ou acessar redes sociais. O suspeito ainda utilizava câmeras de segurança com áudio para monitorar todos os movimentos dentro da residência.

A gravidade da situação ficou ainda mais evidente quando a vítima revelou que, além das ameaças físicas, sofria constantes agressões psicológicas, sendo mantida em um estado de submissão e controle extremo. A ação do agressor foi interrompida após denúncias anônimas.

Após as investigações, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (1ª DEAM), deu cumprimento a um mandado de busca e apreensão e de prisão. Durante a operação, os policiais encontraram um revólver calibre 38 escondido no quarto do casal, além do sistema de monitoramento com câmeras instaladas dentro da residência.

Ao perceber a chegada dos policiais, o autor tentou fugir, mas foi capturado e encaminhado ao sistema prisional. Ele responderá por cárcere privado, lesão corporal, violência psicológica, violência doméstica e posse ilegal de arma de fogo.

A vítima e os filhos dela foram levados à 1ª DEAM, onde prestaram depoimento e receberam atendimento da Casa da Mulher Brasileira.

A delegada adjunta da DEAM, Analu Ferraz Lacerda, alertou para a frequência crescente desse tipo de crime e reforçou a importância das denúncias. “Episódios como este têm se tornado cada vez mais comuns, com vítimas vivendo sob extremo controle e ameaças constantes. Portanto, a denúncia é de extrema importância. Quem presenciar fatos como esse, pedimos que denuncie, para que a polícia possa agir”, afirmou.

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