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Brigada voluntária interrompe churrasco em fogo de chão e alerta para risco de incêndio

23 JUL 2024 • POR Gesiane S. Lourenço • 12h11
Vergínia Paz, presidenta da Associação de Mulheres da APA Baía Negra, destaca que o risco de se acender um braseiro a poucos metros de um material combustível é muito grande. - Foto: Vergínia Paz

Durante uma trilha realizada pelo Conselho Gestor, junto de funcionários do Ibama, neste fim de semana, para coletar resíduos ao longo da margem do rio, na Apa Baía Negra, o grupo se deparou com uma cena de grande risco para a Área de Proteção Ambiental. Uma família fazia churrasco de fogo de chão, em área com vegetação seca, ao pé de uma árvore. A ação foi interrompida e os turistas receberam orientação quanto ao risco iminente para incêndios na região.

Segundo Vergínia Paz, presidenta da Associação de Mulheres da APA Baía Negra e chefe de esquadrão de uma das brigadas, turistas estão promovendo um grande fluxo de carros na região e encostando os veículos na beira do rio, o que não é permitido. 

“É desesperador; são muitos carros mesmo, um atrás do outro. Nós temos uma norma que estabelece uma faixa de 50 m em relação ao rio onde os automóveis não podem entrar. Vamos avisar a comunidade sobre a situação, pra que eles saibam que isso não pode acontecer e pra que também sejam parceiros nessa fiscalização”, afirma Vergínia.

O grande movimento de visitantes deixa também um volume maior de lixo no local. Durante o monitoramento deste domingo, foram encontradas diversas garrafas de vidro, plásticos e embalagens espalhadas pelo chão. Os materiais foram removidos com apoio de um caminhão enviado pela Fundação de Meio Ambiente de Ladário.

Sobre o churrasco com fogo de chão, Vergínia ressalta que muitas vezes o fogo consegue atravessar trechos largos do rio, então o risco de se acender um braseiro a poucos metros de um material combustível é muito maior.

“O calor estava muito forte no domingo, e com o capim ali, todo seco, uma fagulha que voasse causaria uma devastação total. Eu conversei com a pessoa que estava assando a carne, expliquei a situação, mas a gente sente que muitos não dão a devida importância”, lamenta.

*Informações da Ecoa

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