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Médicos e estudantes formados no exterior se preocupam com a escolha do Presidente

30 OUT 2022 • POR Dina Karla Miranda • 11h22
"O nosso país se encontra em um momento decisivo, principalmente para a classe de estudantes de medicina no exterior", afirma Ellen Queiroz Dantas Duarte - Capital do Pantanal

Milhares de brasileiros buscam países, em especial do Mercosul, para estudar medicina por conta dos valores elevados de cursos no Brasil. Neste domingo (30), muitos médicos brasileiros formados no exterior se preocupam com a escolha certa do presidente, principalmente em relação ao reconhecimento do diploma para poder exercer a profissão no país.

Atualmente existe a prova do Revalida que acontece em duas fases e duas vezes ao ano. O revalida foi criado para orientar o processo de reconhecimento dos diplomas de medicina emitidos por instituições de educação superior estrangeiras. Para atuar como médico no Brasil, o estudante formado no exterior precisa revalidar o diploma.

A equipe do site Capital do Pantanal conversou com médicos e estudantes de medicina da Bolívia sobre a importância do voto para a presidência.

Ellen Queiroz Dantas Duarte, de 22 anos, é estudante do 5º ano de medicina na Bolívia e já se preocupa com o seu futuro. “O nosso país se encontra em um momento decisivo, principalmente para a classe de estudantes de medicina no exterior, somos em média 65 mil brasileiros que saíram de suas casas em busca de um sonho e almejam um dia poder voltar para o seu pais de origem e servir a sua pátria como médicos, onde temos o obstáculo da tão sonhada revalidação, que há 4 anos atrás era considerada quase inalcançável, por sua complexidade e periodicidade, nos dias atuais a prova se tornou mais justa e semestral, contamos com outros programas de revalidação, a mais falada atualmente, revalidação simplificada, vemos a mudança constantes chegando apesar dos 2 anos de pandemia que enfrentamos, mesmo na dificuldade foi aberto uma oportunidade com o programa Médicos pelo Brasil para os brasileiros formados no exterior, o antigo programa Mais Médicos, que era direcionado e quase exclusivo para Cubanos, um programa injusto para os filhos da terra que anseiam uma oportunidade. Nesse dia 30 vote consciente, analise as propostas de governo dos seus candidatos, analise os regimes que seu candidato apoia, veja o que se passa nos outros países, conheça o histórico do seu candidato e pense em que futuro você que para o seu país”, afirmou Ellen.

Geovane aprova as melhorias do atual revalida no país. Foto: Arquivo pessoal

Para o médico Geovane Corrêa Couto, formado na Bolívia, o novo presidente precisa dar mais oportunidades aos médicos brasileiros formados no exterior. “O fato principal do meu candidato ser o Bolsonaro é a questão econômica, mesmo com pandemia e a guerra, o Brasil foi o que mais cresceu, com taxa de juros baixa, a inflação pela primeira vez na historia está mais baixa que nos Estados Unidos, tivemos uma redução massiva dos combustíveis, ao contrário do que vêm acontecendo no mundo. Antes tínhamos mais de 60 mil mortes por ano, hoje temos 40, reduziu 20 mil mortes por ano.  A revalidação dos diplomas dos médicos formados no exterior antes acontecia uma vez por ano, em 2017 foi o último Revalida no formato antigo e a partir de 2019, aprovado pelo governo de  Bolsonaro, quando você passa na primeira fase, tem duas chances de fazer a segunda, sem precisar refazer a primeira. Tem também a questão da revalidação simplificada, que começou a ser mais aplicada agora com o governo do Bolsonaro. Antes o médico brasileiro não era valorizado, no antigo programa Mais Médicos, somente os médicos cubanos eram chamados, depois veio o Temer, que mudou isso para dar preferencia aos médicos brasileiros, e quando entrou Bolsonaro substituiu o programa totalmente com o Médicos pelo Brasil, o salário do Programa Mais Médicos era a partir de 12 mil reais, já no Médicos pelo Brasil o valor de 18 mil reais, uma grande diferença”, concluiu Geovane.

Izadora do Carmo tem esperança que as melhorias aos médicos formados no exteriror continue. Foto: Arquivo pessoal

Izadora do Carmo Marreiro também é formada na Bolívia, e diz estar preocupada com o resultado deste domingo na escolha do presidente. "Eu sou a favor do governo Bolsonaro, pelo fato de que antes tinhamos ficado três anos sem o programa do Revalida, logo após a entrada do presidente Bolsonaro ele implantou dois  Revalidas por ano, retirou o programa Mais Médico, onde os cubanos trabalhavam por um mínimo salário e alguns se passavam por médicos. Tenho esperança na presidência do Jair Bolsonaro, pois ele vem favorecendo os médicos brasileiros formados no exterior", concluiu.