Novo protesto contra o adiamento do Censo fecha a fronteira com a Bolívia por 48h

A fronteira de Corumbá com a Bolívia, por Puerto Suárez, está fechada desde a zero hora desta segunda-feira (8). Veículos estão proibidos de atravessar a linha entre os dois países, a travessia só é possível ser realizada à pé.

O segundo protesto pelo adiamento do Censo Populacional acontece 15 dias após o primeiro, ocorrido em 25 de julho, quando o Paro Cívico durou 24 horas. Na ocasião, as negociações não foram favoráveis, e o governo permaneceu irredutível.  

Há protestos por outras partes do país, incluindo na capital, Santa Cruz de La Sierra e também na rota bioceânica. A previsão é que desta vez, o protesto dure pelo menos 48 horas, exigindo o a realização do Censo para 2023.  

O presidente Luis Arce colocou em vigor o Decreto 4760 com o qual estabelece a realização do censo por um dia entre maio e junho de 2024, anteriormente seria em novembro deste ano. A decisão foi tomada após reunião do Conselho Nacional de Autonomias (CNA) que pediu o adiamento do censo. "É muito perigoso realizar o Censo em 2024 porque será um ano eleitoral. Vamos acabar misturando o técnico com o político", disse o reitor da Universidade Autônoma Gabriel René Moreno (Uagrm) Vicente Cuellar, que ratificou a proposta de aplicar "tecnicamente" o grande levantamento em 28 de junho de 2023.