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Monitor de Secas registra abrandamento do fenômeno em Mato Grosso do Sul

Em Mato Grosso do Sul o território com o fenômeno seguiu em 100% do estado, condição que persiste há 1 ano e 10 meses

16 JUN 2022 • POR Assessoria ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) • 09h23

A última atualização do Monitor de Secas aponta que no Centro-Oeste houve, em abril, o abrandamento da seca em Mato Grosso do Sul. Tanto em Goiás quanto em Mato Grosso a severidade do fenômeno se manteve estável. Já o Distrito Federal voltou a registrar o fenômeno pela primeira vez desde novembro de 2021, abrangendo 100% do seu território. As áreas com o fenômeno aumentaram em Goiás e Mato Grosso e ficaram estáveis em Mato Grosso do Sul (100% do estado). 

Em abril o Distrito Federal registrou 100% de seu território com seca fraca em virtude das chuvas abaixo da média nos últimos meses. Desde novembro de 2021, o DF não tinha áreas com presença de seca. 

Em Goiás, entre março e abril, as áreas com seca extrema, grave e moderada seguiram estáveis respectivamente em 13%, 23% e 16% do território goiano. Já a seca fraca saltou de 14% para 36% do estado no período, devido às chuvas abaixo da média nos últimos meses. Essa severidade se mantém estável desde fevereiro. A área total com seca em Goiás subiu de 66% para 89% entre março e abril, atingindo 301,4 mil quilômetros quadrados – 3ª maior área com seca entre as 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor, ficando atrás apenas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Essa é a maior área com seca em Goiás desde novembro de 2021, quando 100% do estado passou pelo fenômeno. 

Mato Grosso registrou a continuidade da seca extrema, grave e moderada respectivamente em 3%, 5% e 15% de seu território entre março e abril. Já a seca fraca saltou de 32% para 45% do território mato-grossense no período em função das chuvas abaixo do normal nos últimos meses. Com a seca em 68% de MT, o estado registrou em abril a maior área com seca desde novembro de 2021, quando 75% de seu território passou pelo fenômeno. Em abril Mato Grosso teve a maior área total com seca entre as 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor: 612,7 mil quilômetros quadrados – área superior ao território da Ucrânia. Já a severidade do fenômeno se manteve estável entre março e abril no estado. 

No caso de Mato Grosso do Sul, em fevereiro 100% do território registrou seca, condição verificada consecutivamente há 1 ano e 10 meses, desde sua entrada no Mapa do Monitor em julho de 2020 – esta é a maior sequência entre as 21 unidades da Federação acompanhadas. Em abril a área com seca grave recuou de 20% para 17% do estado, resultando no abrandamento do fenômeno em MS, que segue com a condição mais intensa do Centro-Oeste. Em termos de área total com seca, Mato Grosso do Sul teve o fenômeno em seus 357 mil km², ficando em 2º lugar nesse quesito entre as unidades da Federação monitoradas, ficando atrás apenas de Mato Grosso. Essa área com seca em MS é equivalente ao território da Alemanha. 

Considerando o recorte por região, o Sul registrou o maior percentual de área com seca: 92%. Com 80% de seu território com a presença do fenômeno, o Centro-Oeste foi a 2ª região com maior área seca. Já o Sudeste teve 54% de sua área com registro do fenômeno, enquanto o Nordeste segue com o menor percentual de território com seca: 27%. 

A maior severidade observada em abril aconteceu no Sudeste, que registrou 4% de seca excepcional, a mais aguda da escala do Monitor. O Centro-Oeste teve a segunda maior severidade de abril com 11% de seca extrema. No Sul houve um abrandamento do quadro com o desaparecimento da seca extrema e a redução da seca grave de 53% para 34% da região. Já o Nordeste teve a menor severidade do último mês com 1% de seca grave, menor percentual desse grau do fenômeno entre as quatro regiões acompanhadas. 

Entre março e abril, em termos de severidade da seca seis estados tiveram um abrandamento do fenômeno no último mês segundo o Monitor de Secas: Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Tanto no Distrito Federal quanto no Espírito Santo o fenômeno voltou a ser registrado em sua menor intensidade: fraca. Somente na Paraíba houve a intensificação da seca, enquanto o fenômeno se manteve estável em 12 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins. 

Considerando as quatro regiões integralmente acompanhadas pelo Monitor de Secas, a maior severidade observada em abril aconteceu no Sudeste, que registrou 4% de seca excepcional, a mais aguda da escala do Monitor. O Centro-Oeste teve a segunda maior severidade de abril com 11% de seca extrema. No Sul houve um abrandamento do quadro com o desaparecimento da seca extrema e a redução da seca grave de 53% para 34% da região. Já o Nordeste teve a menor severidade do último mês com 1% de seca grave, menor percentual desse grau do fenômeno entre as quatro regiões acompanhadas. 

Entre março e abril, sete unidades da Federação registraram o aumento da área com seca: Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí e Tocantins. Já no Distrito Federal e no Espírito Santo a seca voltou a ser registrada. Por outro lado, a área com o fenômeno reduziu em seis estados: Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte. Nos outros seis estados acompanhados pelo Monitor, não houve variação do território com seca: Alagoas, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe. 

Três unidades da Federação registraram seca em 100% do território no último mês: Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os demais 18 estados acompanhados pelo Monitor apresentam entre 6,5% e 97,8% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Diferente dos últimos meses, nenhuma das 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor ficou livre de seca. 

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguido por Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul. No total a área com o fenômeno foi de 2,84 milhões de quilômetros quadrados e se fosse um país seria o 8º maior do mundo, superando os 2,78 milhões de km² da Argentina.