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Vereador pede fim do toque de recolher e do uso de máscara em ambientes abertos

20 OUT 2021 • POR Gesiane Sousa • 08h59
Vereador questiona qual estudo técnico embasou a decisão do prefeito e do secretário de saúde em manter as medidas restritivas na cidade. - Divulgação, Câmara Municipal de Corumbá

Nesta terça-feira, 19, foi publicado no Diário Oficial do Município, o decreto 2.673, que altera as medidas restritivas de combate e prevenção ao Novo Coronavírus. De acordo com o documento, o toque de recolher continua em vigor e passa a valer das 02h da madrugada às 05h da manhã. O uso de máscara também permanece obrigatório, tanto em locais abertos quanto fechados.  

Em matéria jornalística divulgada pela assessoria de comunicação da prefeitura, as medidas foram renovadas em comum acordo entre o prefeito Marcelo Iunes e o secretário de Saúde Rogério Leite, com base na redução de novos casos e óbitos por Covid-19. As medidas restritivas estão em vigor em Corumbá desde o primeiro semestre de 2020, quando a pandemia foi decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), desde então o corumbaense sonha e torce para que tudo volte logo ao normal.  

Em entrevista ao Capital do Pantanal, o vereador Luciano Costa mostra compartilhar do mesmo desejo do povo, e questiona a real necessidade de manter a rigidez nas restrições, já que segundo dados do próprio boletim epidemiológico do município, o cenário da Covid-19 está em plena desaceleração. Para o vereador, “não faz sentido algum continuar restringindo o direito do cidadão de ir e vir, se os números mostram que a cidade está vencendo a pandemia”. 

Luciano Costa encaminhou para o prefeito dois requerimentos em caráter de urgência especial pedindo o fim do toque de recolher e a flexibilização do uso de máscara, exigindo a proteção apenas em locais fechados e liberando o uso em locais abertos e sem aglomeração. No documento enviado ao executivo municipal, o vereador sugere que as mudanças sejam autorizadas a partir de 1º de novembro. 

Luciano Costa questiona qual o estudo técnico que embasou a decisão do prefeito e do secretário de saúde na decisão de manter as medidas restritivas e flexibilizar tão pouco, uma vez que “é de conhecimento geral que Corumbá está com seu programa de vacinação bastante avançado com mais de 80% da população adulta vacinada, e que os números da pandemia da Covid-19 estão em franco declínio, não só em Corumbá, como em todo território brasileiro. Vale dizer, que inúmeras cidades brasileiras estão praticando a flexibilização em todos os sentidos, sendo assim, a prorrogação do toque de recolher vem na contra mão daquilo que vem sendo amplamente praticado. Vale ressaltar, que o toque de recolher é medida exceção, cerceadora de direitos e liberdades individuais e deve ser usado com parcimônia em caso de extrema necessidade”, assim disse o vereador em sua justificativa no requerimento aprovado em plenário na câmara nesta terça-feira (19), e enviado a prefeitura. 

Dados recentes 

De acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, o último caso confirmado da doença foi registrado no dia 14 de outubro. O homem de 28 anos apresentou apenas sintomas leves e ficou em isolamento domiciliar. Já o último óbito provocado pelo vírus foi no dia 2 de outubro. A vítima foi uma mulher de 56 anos com diabetes e hipertensão.  

Durante todo o mês de setembro, a Secretaria Municipal de Saúde notificou cinco óbitos em decorrência da COVID-19: dois no dia 30, sendo um homem de 87 anos sem comorbidades e uma mulher de 75 com histórico de diabetes e hipertensão; um no dia 28, uma mulher de 69 anos com obesidade e ex-fumante; um no dia 24, uma mulher de 87 anos com Alzheimer; e outro no dia 11, que vitimou uma menina de 6 anos sem comorbidades.  

Na Santa Casa de Corumbá, ainda de acordo com o boletim epidemiológico, não há nenhum paciente internado com o novo Coronavírus. Todos os leitos de UTI e clínicos estão vazios, totalizando 57 vagas disponíveis na rede pública de saúde.