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PF apreende arma, munição e faz termo de conduta durante operação Mercês

19 OUT 2021 • POR Gesiane Sousa • 10h12
Equipe continua nas ruas da cidade em cumprimento aos mandados. - Imagem ilustrativa

O Capital do Pantanal teve acesso as primeiras informações sobre apreensões cumpridas pela equipe da Polícia Federal, que está nas ruas de Corumbá desde as primeiras horas desta terça-feira (19), em cumprimento a sete mandados de busca e apreensão da operação Mercês, que investiga a suspeita de compra de votos nas eleições municipais de 2020. 

Foram apreendidos até o momento duas armas de fogo, munições e mídias que podem conter dados e informações sobre a possível associação criminosa envolvendo servidores públicos municipais e integrantes do poder legislativo da cidade. A polícia ainda não divulgou os endereços abordados até agora, nem mesmo quais os tipos de arma e munições foram encontradas. 

Além das apreensões, foi confeccionado um Termo de Conduta em referência ao artigo 28 da Lei de Drogas. Que se refere a “quem adquirir, guardar ou trazer consigo, para o uso próprio, substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar”. A pena prevista na Lei para essa infração é de seis meses a dois anos de detenção e pagamento de 20 a 50 dias-multa. 

Sobre a operação 

A operação Mercês foi desencadeada em Corumbá pela Polícia Federal nesta terça-feira (19), contra possível associação criminosa formada por servidores públicos municipais e membros do poder legislativo de Corumbá. A suspeita é de que os envolvidos teriam praticado crimes eleitorais e contra a administração pública nas eleições municipais do ano de 2020, através da compra de voto.  

A operação de hoje cumpre sete mandados judiciais de busca e apreensão na cidade. A PF não divulga mais detalhes, pois a investigação segue sob sigilo absoluto.  

O termo “mercês” advém do latim e sintetiza o modo de funcionamento da prática eleitoreira clientelismo, observada nesta investigação. Por meio da troca de favores, ou troca de mercês, estes investigados utilizaram a máquina pública, que deveria servir tão somente ao povo, para angariarem apoio político para suas próprias candidaturas ou de terceiros.