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Após disparos, polícia prende ladrões que fizeram idosa e cuidadora de reféns na Capital

19 OUT 2021 • POR Redação com informações do Campo Grande News • 09h53
Casa da vítima, que fica próxima ao condomínio Recanto dos Manacás, foi cercada por policiais. - Kísie Ainoã

Presos após manterem duas mulheres reféns nesta segunda-feira (18), em Campo Grande, o coletor de recicláveis, identificado pelas iniciais P.C.L.L. de 38 anos, e o sobrinho, J.W.S.L. de 31, alegaram que entraram na residência do Bairro Coopharádio "apenas" para roubar duas cadeiras de fio, mas reagiram ao serem recebidos a tiros pela dona da residência. A polícia não acredita nessa versão. 

Em interrogatório na delegacia, o tio disse que desde o início da tarde de ontem, estava bebendo pinga com o sobrinho, em um bar da Vila Albuquerque. No final da tarde, resolveram procurar outro bar, no bairro Tiradentes, onde continuaram ingerindo bebidas alcoólicas. 

Bêbados, os dois seguiram a pé, com uma garrafa de pinga nas mãos, quando viram duas cadeiras de fio e uma rede na varanda da casa do Coopharádio. Então resolveram furtá-las. No entanto, quando pularam dentro da residência, foram recebidos a tiros pela proprietária, declarou o coletor durante depoimento na delegacia. 

O tio alegou que não portava arma de fogo e pensou no momento que se fugissem seria pior. Então, como estavam perto da idosa, resolveram atacá-la e conseguiram tomar a arma. Eles reviravam a casa, quando a cuidadora apareceu e também foi rendida. O sobrinho diz que a mulher não chegou a atirar, já o tio, afirma que a idosa efetuou dois disparos contra eles. 

O tio já foi preso por tráfico de drogas em 2013 e o sobrinho não tem ficha criminal. 

O caso  

Idosa e a cuidadora dela foram feitas reféns por pelo menos uma hora e meia. A operação teve a presença de negociador do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e cinegrafistas de duas emissoras de TV da Capital "convocados" para "salvar" a vida das mulheres durante as negociações. 

Bandidos que mantinham as vítimas em cárcere exigiam a presença da imprensa para se entregar. As negociações começaram por volta das 16h30 e só terminaram perto das 18h. Depois que disparos foram ouvidos no local, a idosa foi retirada da casa carregada no colo por um policial. 

Parentes foram ao encontro dela, enquanto PMs também deixaram o imóvel e viatura do Batalhão de Choque fez manobra para entrar de ré na garagem da casa. A casa da vítima, que fica próxima ao condomínio Recanto dos Manacás, foi cercada por policiais, além de toda a quadra em volta. 

No local, muitos curiosos acompanharam a ação de longe. As duas mulheres, segundo a polícia, estão bem. Apesar dos danos psicológicos, não tiveram ferimentos.