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A mais de um ano da eleição, "clipe" pede volta André e Governo faz ofensiva com Riedel

21 AGO 2021 • POR Site O Jacaré • 08h53
Grupo adesiva veículos e participa de "clipe" para pedir "volta André" que pretende ser candidato a governador em 2022. - Reprodução

Ainda falta mais um ano para as eleições gerais de 2022, mas os pré-candidatos a governador estão, literalmente, com o bloco na rua em Mato Grosso do Sul. Um clipe bem produzido tenta alavancar a campanha do ex-governador do MDB com “volta André”. Já o Governo decidiu colocar Eduardo Riedel, pré-candidato do PSDB, para anunciar as ações e obras fora da sua pasta, que vai desde o fim do toque de recolher até concurso do magistério. 

Pela legislação eleitoral, ninguém pode fazer campanha nem pedir voto. No entanto, faltando pouco mais de um ano e um mês para o pleito, eleitores já circulam com adesivos até ostensivos, como Bolsonaro2022, em alusão à candidatura à reeleição do presidente da República. 

Deputado estadual, deputado federal, prefeito da Capital e governador por dois mandatos, André Puccinelli (MDB) deu a senha para o slogan da campanha em entrevista a sites, blogs, jornais e emissoras de rádio. Um vídeo produzido traz um grupo adesivando veículos com o pedido “#voltaandré”. Eleitores também pedem a volta do ex-governador para ter, entre outras coisas, mais segurança. 

Puccinelli não participa do clipe nem há menção ao MDB. O vídeo, distribuído nas redes sociais e nos grupos de aplicativos, substituiu o tradicional no “coração da gente” e o “amor, trabalho e fé” pelo “volta André”.
 


O PSDB também não dorme no ponto. Nos últimos dias, o secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel, assumiu o lugar do governador Reinaldo Azambuja no Prosseguir (Programa de Segurança e Economia), que vem definindo as regras no combate à pandemia da covid-19. O pré-candidato anunciou o fim do toque de recolher a partir desta segunda-feira (23). 

Riedel também foi responsável pelo anúncio da abertura de concurso público para contratar 722 professores. Ele não só fez o anúncio, que caberia ao governador ou a secretária estadual de Educação, Maria Cecília Amendola da Motta, como se reuniu com a direção da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação) para discutir os pontos do certame. 

O pré-candidato tucano também foi um dos protagonistas do anúncio do pacote de obras alusivas ao aniversário de Campo Grande. A exposição faz parte da estratégia do PSDB de impulsionar a candidatura de Riedel, que segue no traço nas pesquisas de opinião. 

Secretário tem sido o porta-voz do governo para anunciar ações e obras fora da sua pasta. Foto: Divulgação

Mais tímido, o PT apenas decidiu que terá candidato a governador em 2022. A sigla definiu dois nomes como prováveis pré-candidatos: Zeca do PT e o ex-prefeito de Mundo Novo, Humberto Amaducci. O ex-governador já defendeu aliança com o prefeito Marquinhos Trad (PSD) e até com Riedel. 

O retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não só recuperou os direitos políticos como passou a liderar as pesquisas da sucessão presidencial, animaram o ex-governador petista. No entanto, Zeca ainda estaria mais disposto a disputar uma vaga na Assembleia Legislativa do que enfrentar pela 4ª vez a disputa pela Governadoria. 

O PSL mantém a pré-candidatura da senadora Soraya Thronicke, a governadora em 2022, enquanto o Podemos aposta na filiação da deputada federal Rose Modesto, que deve deixar o PSDB. O ex-vereador Vinícius Siqueira (PROS) também cogita disputar a sucessão de Reinaldo. 

Em silêncio seguem dois nomes fortes: o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (sem partido) e o procurador de Justiça, Sérgio Harfouche, que disputou a última eleição pelo Avante.