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Fazendeiro é multado em R$ 246 mil por incêndio em 821 hectares no Pantanal

22 JUL 2021 • POR Sylma Lima • 10h29
Fazendeiro alegou que o incêndio foi provocado pela queda acidental de um poste de energia. - Divulgação PMA

Durante trabalhos preventivos e informativos da operação Prolepse de prevenção aos incêndios nas propriedades rurais do município de Corumbá, no último dia 15 de julho, policiais militares ambientais localizaram incêndio em propriedade rural, localizada na rodovia MS 325, conhecida como estrada Carandazal, a aproximadamente 150 km da cidade. Segundo informações obtidas pelos policiais, o fogo teria tido início no dia anterior. 

Após conseguirem controlar o incêndio, foi realizada vistoria detalhada no local, buscando identificar a origem do fogo e a equipe policial constatou que as chamas havia atingido seis fazendas. Nas análises, os Policias chegaram até uma fazenda de onde teria sido a origem. O Capataz da propriedade, então, relatou à equipe, que durante a limpeza da vegetação teria acontecido um incidente e que posteriormente o responsável pelo imóvel entraria em contato com a PMA.   

Nesta quarta-feira (21), o proprietário da fazenda entrou em contato com a PMA em Corumbá, quando a equipe já havia concluído o relatório, e declarou que durante a limpeza das pastagens, acidentalmente o operador de máquinas teria derrubado uma árvore sobre o fio de sustentação do poste de energia, ocasionando a queda do poste. Segundo o homem, no mesmo momento teria sido acionada a empresa concessionária de energia, a qual não enviou manutenção ao local. O produtor relatou ainda, que um dia após o ocorrido houve uma explosão e o fogo teria se alastrado para fazendas vizinhas. 

Os Policiais mediram durante a vistoria, com uso de GPS, a área queimada de vegetação nativa pantaneira incendiada, que soma 821,57 hectares. O proprietário de 51 anos, foi autuado administrativamente e multado em R$ 246.600,00. Todos os responsáveis poderão responder por crime ambiental. Se ficar constatado que o incêndio foi doloso, a pena é de dois a quatro anos de reclusão. Caso seja culposo, como relatou o autuado, a pena é de seis meses a um ano de detenção.