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Operação Prolepse da PMA completa quatro meses com mais de R$ 2 milhões em multas

22 JUL 2021 • POR Sylma Lima • 08h00
O foco da operação é a informação e prevenção, porém, a repressão funciona como fator de dissuasão às infrações.  - Divulgação PMA

Nesta quinta-feira (22) a operação Prolepse da Polícia Militar Ambiental (PMA) completa quatro meses no trabalho de prevenção aos incêndios em Mato Grosso do Sul, com foco especial na região do Pantanal, tão prejudicada pelos incêndios nos últimos anos. Sao 325 policiais ambientais atuando na operação com foco principal na informação e na educação para reduzir os incêndios em vegetações.

Nesta fase informativa e educativa, 514 propriedades rurais foram visitadas e funcionários e proprietários receberam informações verbais, bem como por meio de “folders” (folder anexo), sendo percorridos um total de 23.055 km de estradas e rios. Em cada propriedade em que as pessoas são orientadas, há o preenchimento de um questionário contendo algumas questões e o fortalecimento do compromisso daquelas pessoas, em prevenir e não fazer uso do fogo. 

Números nos primeiros três meses da operação

Durante os trabalhos, vários pequenos, médios e grandes proprietários estão fechando compromisso com a Polícia Militar Ambiental, depois de orientados, de não fazer uso do fogo. Se em todo caso, algum deles precisar utilizar, o compromisso é fazer no período permitido e com a autorização ambiental. 

Durante os meses da operação, a PMA a autuou de 69 pessoas, contra 54 até o mês passado. Foi aplicado em multas um valor de R$ 2.076.200,99, contra R$ 1.919.611,49 até mês passado (22/junho), para os que desrespeitaram as normas. O aumento significativo desse valor de multa foi devido a uma autuação de uma empreiteira que planta, colhe e vende cana-de-açúcar, pela queima de 1.474 hectares da lavoura ilegalmente, gerando uma multa única de R$ 1.474.000,00. 

As autuações por incêndios urbanos predominaram com relação aos rurais. Foram 39 pessoas autuadas por incêndios nos perímetros urbanos, por queima de vegetação em terrenos baldios e limpeza e na área rural foram 30 autuados. Destaca-se que a maior parte dos incêndios rurais foi pequena área, alguns em áreas de pastagem e vários em vegetação de restos de galhadas de aproveitamento de madeira, expostos em leiras (amontoados), com pouquíssima vegetação nativa incendiada, para os casos que foram possíveis localizar autoria e imputar responsabilização. 

O trabalho de orientação continua. Foto; Divulgação

A grande quantidade de autuação relativa aos incêndios urbanos foi porque a população, depois de tomar conhecimento pela imprensa da operação da PMA, tem denunciado constantemente e várias pessoas têm sido autuadas no Estado. Esses incêndios também são preocupantes e a sua prevenção e combate é uma das metas da operação Prolepse. O foco da operação é a informação e prevenção, porém, a repressão funciona também como um fator de dissuasão às infrações. 

A PMA alerta que o alastramento do fogo colocar em risco o meio ambiente e vidas selvagens, sua dispersão e de gases tóxicos que compõem a fumaça transcende os limites das propriedades, podendo causar danos irreparáveis a vizinhança.   

Os trabalhos de orientações continuam. Como se percebeu que a queima da palhada da cana tem sido maior foco dos problemas dos incêndios até o momento na operação Prolepse, a PMA tem intensificado as orientações nas empresas sucroenergéticas. 

Com informações da PMA