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Reinaldo reclama de prefeitos e culpa Ministério da Saúde pela distribuição de doses

5 JUL 2021 • POR Sylma Lima • 09h53
Governador reclamou da 'briga' de prefeitos por doses destinadas a estudo. - Marcos Ermínio/Midiamax

Depois de reservar mais de 49 mil doses de vacina contra o coronavírus enquanto a Campo Grande não tinha doses para ampliar a campanha, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) comentou sobre as doses da vacina Janssen nesta segunda-feira (5). Cidades têm reclamado sobre as doses reservadas para vacinar toda a população da fronteira, enquanto em outros municípios falta vacina, mas o governador reclamou da ‘briga’ entre os prefeitos. Ele ainda culpou o Ministério da Saúde pela distribuição de doses entre municípios.  

Na manhã desta segunda (5), o governador disse que a discussão entre prefeitos sobre as doses da Janssen é ‘inócua’. Azambuja completou, dizendo que o Ministério da Saúde é responsável pela distribuição das doses.  

“Quem regula a distribuição é o Ministério, que disponibilizou mais de 165 mil doses por conta do estudo na fronteira com as vacinas da Janssen. Não é o Estado que decide isso. Acho uma discussão inócua, [as doses] são um ganho para Mato Grosso do Sul. Quando ganhamos cota extra, sobram mais doses para os outros 66 municípios”, disse.  

É importante lembrar que uma decisão da CIB (Comissão Intergestores Bipartite) definiu a reserva de 30% das vacinas a serem utilizadas no estudo na fronteira. Ou seja, 49.650 doses da Janssen ficaram ‘guardadas’ por decisão do Estado, enquanto a maior cidade do Estado não tinha vacinas para a 1ª dose. Somente há pouco a Capital recebeu um novo lote, com 7,4 mil vacinas da Janssen.  

Uma reportagem publicada pelo Jornal Midiamax mostrou que cidades de fronteira com a Bolívia têm enfrentado resistência da população para vacinar.O medo da vacina e a desinformação estão entre os principais fatores. Há até cidades fazendo busca casa por casa, para verificar quem ainda não se vacinou. Quem recusar, terá que assinar um termo de responsabilidade. 

Em decisão conjunta entre a Secretaria de Saúde de MS e o Conselho de Secretários Municipais de Mato Grosso do Sul, os 13 municípios de fronteira com a Bolívia e o Paraguai tem até 08 de julho, quinta-feira, para cumprir a vacinação. Após esse prazo será feito um levantamento e as doses que sobrarem com validade, serão devolvidas para a Saúde do Estado para serem distribuidas as demais 66 cidades de Mato Grosso do Sul.