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Enfermeiros da Santa Casa de Corumbá cobram dívida de 1 milhão

7 JUN 2021 • POR ASCOM SIEMS • 09h55
Última Assembléia realizada pela categoria - Foto: Divulgação SIEMS

A Santa Casa de Misericórdia de Corumbá deve, mas não paga. Em 2012, a justiça do trabalho condenou o hospital a pagar cerca de 1 milhão de reais aos trabalhadores em enfermagem por reajustes salariais não aplicados e abonos assiduidades atrasados. Mas, até hoje, os profissionais precisam recorrer à justiça para receber a dívida. Neste caso, os órgãos judiciários bloqueiam as contas do hospital até que pague percentuais do valor. Para evitar que a população sofra com esses bloqueios, em junho, a enfermagem enviou carta ao prefeito Marcelo Iunes e à Câmara de Vereadores solicitando uma Comissão para solucionar o problema.

O presidente do SIEMS (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem do Mato Grosso do Sul), Enfermeiro Lázaro Santana, destaca que é um direito líquido e certo da categoria. “A Enfermagem está disposta a negociar o parcelamento do valor, até o momento, em todos esses anos, pouco foi pago e os reajustes determinados pela justiça também não foram aplicados aos salários. Existe uma frustração por parte do trabalhador da enfermagem. Além dos profissionais, a população sofre com esse impasse, quando ocorre um bloqueio das contas os reflexos são diretos nos atendimentos e materiais do hospital. Queremos resolver essa situação sem a necessidade de bloqueios”, explica.

A prefeitura municipal é a atual interventora do hospital, por isso, o sindicato destaca que é responsabilidade do prefeito e vereadores estarem a par de como a junta Administrativa do hospital tem tratado a enfermagem e a população que necessita dos atendimentos.

Greve

“A Enfermagem enfrenta momentos extremamente difíceis no combate à Covid-19, perdemos colegas, muitos profissionais foram infectados e o risco de contágio ainda existe entre a categoria. Mesmo assim, todos estão firmes em seus postos, trabalhando com empenho enquanto seus salários estão defasados e ainda por cima seus direitos amparados pela justiça têm sido negados pelo hospital. Por isso, se nem os parlamentares ajudarem nesta questão, será inevitável a deflagração de greve entre a categoria”, ressalta o Enfermeiro.