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Motorista de ambulância não reconhece delegado como autor de assassinato

10 MAI 2021 • POR Redação • 15h03
Motorista afirma que sentiu ameaça de prisão se não falasse o que a polícia queria. - Capital do Pantanal

O motorista da ambulância que trazia o narcotraficante Ganso (Alfredo Rengel Weber) na madrugada de 23 de fevereiro de 2019, Silvio Monteiro Marcos, disse ao Capital do Pantanal que não identificou o delegado Fernando Araújo como autor dos disparos que mataram “ganso”.

Monteiro disse que na noite do crime estava muito escuro quando foi parado por uma caminhonete escura, cabine dupla, “a luz do farol do carro foi jogada em meu rosto”, disse explicando que "podia ser qualquer pessoa magra, de média estatura, branco e cabelos negros, foi o que consegui ver, mas quando fui na polícia brasileira, disseram que eu não estava colaborando e ameaçaram me prender se não falasse o que eles queriam", disse explicando que o caso deu muita repercussão na mídia e não queria falar mais nada a respeito.

O delegado Fernando Araújo foi acusado do crime e está preso em Campo Grande há mais de dois anos. Familiares de Araújo foram procurados e se mostraram indignados como "o sistema parece proteger alguém com extensa ficha criminal, mantendo tanto tempo preso uma pessoa que dedicou toda sua vida ao serviço público" e ainda disseram que "nada que a defesa apresenta é levado em consideração: a bala retirada do corpo da vítima não pertence a arma de Fernando, na Bolívia a vítima possuía muitos inimigos e tinha briga até com familiares por conta de dinheiro e transações fraudulentas, mas tudo isso é simplesmente ignorado".