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Esquema de falsificação beneficiava bolivianos com auxilio emergencial e bolsa família

7 OUT 2020 • POR Gesiane Sousa com informações da PF • 08h58
Documentos e dinheiro foram encontrados pela PF nas casas/escritórios integrantes no esquema criminosos. - Divulgação/PF

A segunda operação desencadeada pela Polícia Federal (PF) entre ontem e hoje, nas cidades de Corumbá e Campo Grande, desarticulou esquema fraudulento que forjava comprovação de residência para bolivianos obterem ilegalmante, benefícios do governo brasileiro como o Auxílio Emergencial, um socorro financeiro de milhões de reais criado durante a pandemia para aliviar a crise econômica que atingiu todo o país.

PF cumpriu batida na ladeira José Bonifácio, em Corumbá. Foto: Divulgação/PF

Nesta quarta-feira (7), pelo menos 60 policiais federais estão nas ruas das duas cidades, cumprindo 14 mandados de busca e apreensão. Um deles, em moradia na ladeira José Bonifácio, acesso ao Porto Geral de Corumbá. No local funcionava um verdadeiro escritório que trabalhava a favor da falsificação.

Segundo a PF, desde meados do ano passado, o Núcleo de Imigração da Delegacia da PF de Corumbá/MS constatou que vários estrangeiros, normalmente com auxílio de “despachantes de serviços migratórios”, formalizavam o pedido de autorização de residência utilizando declarações ideologicamente falsas.

As investigações apontaram que inúmeros estrangeiros fizeram uso de autorizações obtidas de maneira fraudulenta para conseguir a emissão do cartão do SUS e a concessão de benefícios como o Auxílio Emergencial e o Bolsa Família. Até o momento, foram encontradas ao menos 106 fraudes contra a União.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato contra a União, falsidade ideológica e uso de documento falso.

A Operação foi denominada “Raízes” em razão de os estrangeiros investigados terem obtido, ilegalmente, autorização de residência e outros benefícios sem terem criado quaisquer vínculos com o Brasil.

A declaração falsa utilizada por estrangeiros foi localizada em computador apreendido. Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal ressalta que, em razão da situação de pandemia da COVID-19, foi planejada uma logística especial de prevenção ao contágio, com distribuição de EPIs a todos os envolvidos na missão, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas, investigados e seus familiares.