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MS entra na 10ª semana sem queda efetiva de casos e mortes por covid

26 SET 2020 • POR Lucia Morel, Campo Grande News • 12h03
Taxa deletalidade não reduz, continua em 1,8%. - Divulgação

Mato Grosso do Sul está há dez semanas consecutivas apresentando números semelhantes em relação ao novo coronavírus, ou seja, sem redução significativa. Segundo o titular da saúde estadual, Geraldo Resende, isso é perigoso, porque prolonga a circulação da doença.

O secretário enfatiza que a taxa de contágio, apesar do “equilíbrio” dos dados em alto patamar, vinha decrescendo, mas voltou a subir, estando atualmente em 1,06. Isso significa que de cada 100 pessoas contaminadas, 106 também serão infectadas no dia seguinte, por conseguinte, 112, e assim por diante. O ideal é que tal taxa seja reduzida a menos de 1. 

“A vida normal como a grande maioria da população de Mato Grosso do Sul quer levar, está mantendo a taxa de contágio alta, o que pode fazer a doença persistir mais semanas e mais meses no mesmo patamar que se encontra e isso é muito ruim. Estamos indo para a 10º semana no mesmo patamar alto de casos novos, óbitos e de internação”, lamenta. 

Resende lembrou mais uma vez, que o aumento na taxa decorre das aglomerações e festas realizadas no feriado de 7 de setembro e a adjunta, Christinne Maymone, ressaltou o medo do próximo feriadão, em outubro. “Fiquem atentos. Teremos outros anos para fazer eventos, quando já teremos vacina”, comentou.

Para se ter uma ideia, de ontem para hoje, foram novos 638 casos da doença, totalizando 67.834 confirmações. Delas, 7.001 são de casos reconhecidamente ativos, ou seja, capazes de transmitir a doença. Foram registradas ainda, mais 15 mortes, que já somam 1.49 desde o final de março.

Quando se fala em permanência dos números em alto patamar, é devido a média móvel da doença, contabilizada a cada sete dias. Essa média, na última semana, foi de 624 casos ao dia e 12,4 óbitos, o que é um dado muito acima do ideal para que a doença seja efetivamente contida.