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Crea e bombeiros auxiliam perícia policial no Atacadão de Campo Grande

15 SET 2020 • POR Marta Ferreira e Bruna Marques, Campo Grande News • 10h11
Máquina pesada é usada para retirada de material queimado na loja de atacadista que pegou fogo. - Henrique Kawaminami

A Polícia Civil vai usar auxílio técnico do Crea (Conselho Regional de Engenharia) e do Corpo de Bombeiros), além da perícia da própria corporação, para municiar o inquérito sobre o incêndio que consumiu a loja do Atacadão na Avenida Duque de Caxias. Responsável pelo trabalho policial, o delegado Bruno Urban, da 7ª Delegacia de Polícia Civil, está no local, junto com peritos responsáveis pelos levantamentos.

Por ora, não é possível ainda fazer a perícia porque não há segurança. Os bombeiros seguem no lugar, há mais de 40 horas, mas o acúmulo de material combustível e o calor estão dificultando o trabalho do Corpo de Bombeiros. 

Conforme a autoridade policial, o inquérito vai responder as perguntas que “todo mundo” se faz desde o incêndio de grandes proporções, visto de longe. 

“Se foi acidental, como foi o alastramento, se foi criminoso...”, diz o delegado sobre algumas das dúvidas a cerca do sinistro.

Segundo ele, entre os depoimentos, já estão identificados dois funcionários que tentaram combater o fogo, um deles o que aparece em vídeo gravado por clientes tentando usar água, sem êxito, contra as chamas em uma prateleira de produtos de limpeza, entre eles álcool, altamente inflamável.

Bruno Urban explicou que o auxílio técnico dos outros órgão vai ser necessário para agregar o máximo de informação técnica possível. Inicialmente, explicou, a tipificação em investigação é incêndio.

“Pode evoluir para um dano qualificado, por exemplo”, citou o delegado. 

A Polícia Civil só vai ter acesso ao prédio quando o foco for extinto. Segundo o tenente-coronel Fernando Carminatti, relações públicas da Corporação, os militares estão fazendo o resfriamento do local, mas os focos de incêndio ainda aparecem devido ao acúmulo de material combustível e o calor.

"Está muito perigoso do pessoal entrar e tem risco de desabamento. Por isso, o combate está sendo feito à distância e demorado", explicou. 

Também está sendo feito o serviço de retirada de material combustível com uma máquina retroescavadeira, sem previsão de término dos trabalhos. Os bombeiros estão usando, desde domingo, o caminhão equipado com escada elevável até 60 metros.